Globobiotech produz ovos embrionados para a produção de vacinas no Butantan
Ovos são produzidos nas cidades de Itirapina e São Carlos e são utilizados na fabricação de diversas vacinas para o uso humano e também veterinário
As informações foram repassadas pela área de Marketing da Globoaves/ Globobiotech, com sede administrativa em Cascavel (PR), atendendo prontamente a solicitação da reportagem. Questionada sob a possibilidade do uso dos ovos férteis para a fabricação da vacina contra a Covid-19, a empresa foi comedida ao informar: “testes podem estar ocorrendo, porém seremos comunicados sobre isto somente se for possível e viável ao instituto”.
O desafio de desenvolver todo o sistema para o fornecimento de ovos embrionados destinados à produção de vacinas teve início em 2007, com a parceria da Globobiotech e do Instituto Butantan, uma das mais respeitadas instituições de pesquisa e produção de soros e vacinas do Brasil.
Outro passo importante da Globobiotech foi a parceria estabelecida com a conceituada empresa norte-americana Charles River para a importação de Ovos SPF – Ovos Livres de Patógenos Específicos, empregados, entre outras utilizações, no processo de desenvolvimento dos bancos cepas de vírus Influenza (gripe) do Instituto Butantan, fundamentais as adaptações necessárias para o processo produtivo da vacina. Os ovos também são utilizados para a fabricação das vacinas contra a febre amarela e diversas vacinas veterinárias.
O processo demandou conhecer outras experiências similares consagradas em países europeus, abrangendo desde a escolha da genética das matrizes à entrega regular de mais de 520 mil ovos embrionados por dia, durante o período da produção da vacina trivalente contra a gripe humana.
Só para ter uma ideia, as granjas estão implantadas em áreas isoladas, cercadas por barreiras sanitárias naturais de reflorestamento, com rigoroso controle de acesso, restrito aos colaboradores e um rígido protocolo sanitário. E as aves são alimentadas com ração de formulação exclusiva, produzida pela própria Globobiotech, composta por nutrientes de origem vegetal que garantem excelente qualidade de vida, saúde e produção das aves.
Todo processo de incubação é realizado em equipamento de última geração, monitorado por sistemas e operadores altamente treinados, garantindo o correto crescimento do embrião até o momento de sua transferência para o Instituto Butantan. Os ovos passam também por um processo de ovoscopia, para classificar e destinar somente os embriões viáveis para a produção de vacina.
Os caminhões são verdadeiras incubadoras sobre rodas. Desenvolvidos com exclusividade para a Globobiotech, os veículos possuem equipamentos para o controle de temperatura, umidade e taxas de CO², além de terem sistema de suspensão especial para evitar qualquer dano aos embriões e possíveis trincas dos ovos.
Chegando ao Butantan, os veículos são deslacrados e após inspeção pelos técnicos do instituto são transferidos para a fábrica de vacinas. São essas ações que caracterizam o compromisso da Globobiotech com a tecnologia, a ciência e a inovação a serviço da saúde.
O instituto recebe amostra dos três tipos de vírus que são usados na fabricação da vacina: influenza tipo A, H1N1 e H3N2, e do tipo B. Na primeira etapa, uma máquina injeta em cada ovo o vírus da gripe ainda vivo. Em seguida, o ovo é colocado em incubação por um período de 60 a 72 horas. Nesse tempo, o vírus consegue se multiplicar quase 10 milhões de vezes.
O material extraído do ovo, depois dessas etapas, passa por um processo de segmentação e todos os vírus são mortos. De cada ovo podem sair até três doses de vacina e cada um deles recebe até um tipo de vírus influenza. Portanto, quando a pessoa toma a vacina, é como se o organismo estivesse sendo atacado com o vírus. O objetivo é fazer com que o corpo conheça o inimigo enfraquecido e que consiga enfrentar a ameaça se ela aparecer de verdade.
Confira a entrevista com Roberto Kaefer, CEO da Globobiotech
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