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Governo proíbe importação de aves de países onde há gripe do frango

Vigilância em portos e aeroportos também será intensificada.

Redação AI 21/01/2004 – 04h25 – Estão proibidos de entrar no Brasil aves, seus produtos e subprodutos vindos de países onde há registro de casos de Influenza Aviária, a chamada gripe do frango. A determinação é do Ministério da Agricultura. Além disso, foi intensificada a vigilância em portos e aeroportos, com vistoria de bagagens procedentes de locais em que foram registradas ocorrências da doença desde 1991.

O veterinário Jorge Caetano, coordenador substituto de Vigilância e Programas Sanitários da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), informou que a influenza aviária é exótica no Brasil e foi constatada em países que não exportam produtos avícolas para o país. O Ministério da Agricultura recomendou aos produtores, porém, restringir as visitas de pessoas procedentes desses países a estabelecimentos avícolas nacionais.

O primeiro registro de transmissão da gripe aviária para pessoas ocorreu em 1997, em Hong Kong. Na época, 18 pessoas foram infectadas, e seis morreram. Os diagnósticos foram comprovados por estudos genéticos subseqüentes. Cerca de 1,5 milhão de aves domésticas foram sacrificadas naquele país.

Outros surtos de influenza aviária em humanos foram identificados recentemente: em Hong Kong em fevereiro de 2003, com dois casos e uma morte, na Bélgica e na Holanda, em abril de 2003, com 83 casos e o óbito de um veterinário. Nas últimas semanas, foi identificado o vírus da gripe num surto em duas províncias do sul do Vietnã, que resultou, até o momento, na morte de 40 mil aves e no abate sanitário de outras 30 mil. Em dezembro de 2003 ocorreu um surto na Coréia do Sul e, nas últimas semanas, as autoridades do Japão anunciaram a morte de 6 mil aves de uma única propriedade devido à infecção pela mesma cepa do vírus.

As principais vias de transmissão do vírus da influenza aviária são excreções e secreções de aves migratórias. Os proprietários, trabalhadores, técnicos e visitantes eventuais das granjas podem transferir fezes de lotes contaminados, através dos calçados ou de outro material (veículos de transporte, ração, cama, comedouros , bebedouros, gaiolas), para lotes suscetíveis ao vírus.

As informações são da Agência Brasil.