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Granjeiros pedem novo critério de venda

A AGS e a AGA encaminharam ofício ao superintendente regional da Conab, solicitando que a venda de milho a balcão seja reservada exclusivamente aos filiados das duas entidades.

Da Redação 08/10/2002 – A Associação Goiana de Suinocultores (AGS) e a Associação Goiana de Avicultura (AGA) encaminharam ofício ao superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Eurípedes Malaquias de Souza, solicitando que a venda de milho a balcão seja reservada exclusivamente aos filiados das duas entidades. O documento sugere também que as vendas sejam limitadas entre 10 mil quilos e 50 mil quilos mensais por produtor, de acordo com seu porte, atestado pela respectiva associação.

De acordo com o presidente da AGS, Júlio César Carneiro, os novos critérios na gestão dos estoques oficiais visariam amenizar a crise no abastecimento do produto, que constitui o insumo básico das rações. Segundo ele, a saca de 60 quilos de milho, que nesse mesmo período do ano passado custava R$ 9,50, hoje chega a R$ 21,00, e só na cotação, porque o produto mesmo ninguém encontra. O dirigente da AGS defende a rentabilidade para o produtor de milho, mas argumenta que é preciso que se encontre alternativas emergenciais para a crise.

Controle

A Conab confirmou ao POPULAR que os estoques oficiais de milho são realmente baixos em todo o País, até em Goiás. De acordo com a gerente de Oleaginosas e Produtos Agropecuários da Companhia, Rocilda Moreira, os estoques de passagem eram de 1,4 milhão de toneladas de milho para todo o País, dos quais 800 mil toneladas foram destinadas para o VEP e o restante para venda a balcão.

O presidente da seção goiana da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Antonio Chavaglia, admite que a situação do mercado de milho é delicada e que o governo, através da Conab, precisa adotar medidas emergenciais para assegurar o abastecimento. Segundo ele, as grandes empresas de produção de suínos e aves têm estoques suficientes para alcançar o produto da próxima safra de verão, mas os pequenos produtores não-integrados a esses complexos agroindustriais terão dificuldades cada vez maiores para conseguir milho.