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Entidades

Há 50 anos nascia a União Brasileira de Avicultura (UBA)

Entidade representou um marco para o desenvolvimento do setor.

Há 50 anos nascia a União Brasileira de Avicultura (UBA)

Há 50 anos nascia a União Brasileira de Avicultura (UBA), primeira grande entidade do setor avícola brasileiro, que após a fusão com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (ABEF), em 2010, originou a nova União Brasileira de Avicultura, com a sigla UBABEF. A UBA foi o resultado da necessidade de o setor se organizar para atender a uma demanda cada vez maior de um crescente mercado interno. 

Entidade máxima do setor avícola, a UBA foi criada com o objetivo de ser a representação institucional da avicultura brasileira junto ao Governo Federal, ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário. Focada estritamente em garantir os interesses da cadeia avícola, sua atuação sempre foi voltada à busca de sanidade, qualidade e legislação que assegurem o pleno e contínuo desenvolvimento do setor. 

Fundada em 19 de junho de 1963, no Rio de Janeiro, antigo estado da Guanabara, em solenidade realizada no auditório da Sociedade Brasileira de Agricultura, teve como primeiro presidente Cyro Werneck de Souza e Silva. Em seu discurso de posse, Cyro Werneck já demonstrava a preocupação com a qualidade da produção nacional ao destacar o início de suas atividades efetivas em proveito da classe avícola e aproveitou para anunciar a realização de um curso de Nutrição Avícola no Rio de Janeiro.

Outros nomes estiveram à frente da entidade, mas é importante destacar o de Lauriston Von Schmidt, um dos pioneiros da comunicação da produção nacional. Fundador da revista Avicultura Brasileira, Von Schmidt foi técnico em incubação avícola e líder do setor. Seu trabalho de internacionalização da avicultura brasileira levou o nome do setor aos Estados Unidos e à Europa. 

O trabalho empreendido por Von Schmidt à frente do setor deu origem ao Troféu Mérito Lauriston Von Schmidt, criado pela UBA, como forma de reconhecer e incentivar o esforço de pessoas cujo trabalho proporciona avanço científico, melhorias e difusão de conhecimentos relativos à avicultura brasileira, e homenageia pesquisadores, jornalistas e empresários, entre outros destaques nacionais.   

“É preciso ressaltar também a atuação do médico Zoé Silveira d’Ávila, que assumiu a presidência em 1996. Com postura ativa à frente do setor, Dr. Zoé deteve o mais longo mandato da entidade, 12 anos, e levou a uma visão estrutural e política para a UBA”, destaca o ex-presidente da UBA e atual diretor de Produção da UBABEF, Ariel Antônio Mendes.

A produção avícola nacional se expandiu graças à atuação de toda a cadeia produtiva, levando o setor a buscar o mercado internacional. Assim, as  empresas vislumbraram um novo horizonte e surgiu a necessidade de se organizarem para obter uma sinergia em torno dos interesses coletivos dos produtores e exportadores de carne de aves. Para isso, foi constituída a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), em 1976, com a missão principal de acompanhar os processos de acesso a novos mercados exportadores para carne de frango e monitorar as barreiras tarifárias e não tarifárias impostas pelos países importadores, trabalhando em conjunto com as empresas associadas e interligando-as aos poderes públicos.

“O desenvolvimento cada vez maior do setor avícola fez com que as duas maiores entidades da avicultura brasileira, representativas dos mercados interno e externo, decidissem unir forças. A UBA e a ABEF deram origem à União Brasileira de Avicultura (UBABEF), criando a maior entidade da avicultura brasileira”, salienta o diretor Administrativo e Financeiro da UBABEF, José Perboyre. 

O objetivo principal foi unir as sinergias visando aprimorar as medidas de estímulo à expansão da produção avícola, com qualidade e sanidade, e à ampliação da presença da carne de frango brasileira no comércio internacional. 

“A pujança do setor se comprova com o expressivo crescimento do consumo per capita de carne de frango no Brasil. Nos anos 1970, o consumo médio era de apenas 2,3 quilos/ano, e fechamos 2012 com 45 quilos/ano”, informa o diretor de Mercados da entidade, Ricardo Santin,.

É importante também destacar, segundo Turra, a representatividade do setor no mercado internacional neste meio século. “Em 1975, um ano antes de os produtores e exportadores se organizarem na ABEF, as exportações somavam cerca de 3.500 toneladas, que seguiam apenas para o Oriente Médio. Hoje o produto brasileiro está em mais de 150 países, com embarques que em 2012 chegaram a 12,645 milhões de toneladas, e nos mantêm, desde 2004, como número um no ranking dos exportadores mundiais de carne de frango. Por isso tenho orgulho de fazer parte dessa história e estar contribuindo para que cada vez mais consumidores de todo o mundo possam ter acesso à qualidade, sanidade e sabor do nosso produto”, ressalta o atual presidente da UBABEF, Francisco Turra.