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Conteúdo Técnico

Imunização das matrizes avícola garante maximização do potencial das aves na produção

Um programa vacinal bem estabelecido mitiga riscos potenciais aos resultados reprodutivos e traz consigo a responsabilidade no controle de doenças potencialmente transmitidas de forma vertical

Imunização das matrizes avícola garante maximização do potencial das aves na produção

Em 2020 o Brasil contava com mais de 55 milhões de matrizes de corte alojadas de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A imunização dessas aves protege os lotes contra os principais agentes causadores de doenças, além garantir a maximização do potencial genético das aves e melhora dos índices zootécnicos.

O médico veterinário Allison Jun Taguchi Kawaoku, gerente Técnico e de Marketing para Avicultura da Hipra Saúde Animal, explica que, além da imunização da própria reprodutora, também é importante a transmissão de anticorpos maternais para proteção inicial da progênie.

“Um programa vacinal bem estabelecido, baseado em dados de monitorias laboratoriais e parâmetros produtivos da unidade, mitigam riscos potenciais aos resultados reprodutivos – como viabilidade do lote, ovos e pintos por ave alojada, aproveitamento de ovos, qualidade do ovo e do pintinho, uniformidade do lote e dos ovos, fertilidade, eclodibilidade, etc. -, e também traz consigo a responsabilidade no controle de doenças potencialmente transmitidas de forma vertical, as quais ocasionam grandes prejuízos não apenas às reprodutoras, mas principalmente às empresas produtoras de frango e ovos”, detalha Kawaoku.

Para a coordenadora Técnica de Avicultura da Boehringer Ingelheim, Bianca Costa, os programas de vacinação são bastante variáveis e devem refletir as condições locais, a prevalência da doença, a gravidade dos desafios e entender as normas vigentes do serviço oficial de sanidade animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

“A vacina de Marek é obrigatória para o programa vacinal de matrizes, e é comum encontrar em um programa as vacinas para as enfermidades de Bronquite Infecciosa, Gumboro e Newcastle, por exemplo”, destaca a especialista.

Kawaoku defende que um programa de vacinas adequado deve levar em consideração a necessidade sazonal e regional quanto a epidemiologia das doenças presentes onde a granja de matrizes está localizada, visando sempre a imunização adequada da matriz e da progênie, contemplando vacinas vivas e inativadas.

Ele exemplifica que as principais vacinas vivas virais adotadas em programas vacinais de matrizes no Brasil são para prevenção da Doença de Marek, Bronquite Infecciosa, Doença de Newcastle, Metapneumovirus aviário, Bouba Aviária, Doença de Gumboro, Anemia infecciosa, Reovirus, e Encefalomielite Aviária. Vacinas vivas bacterianas podem contemplar principalmente Salmonellas de importância em saúde pública (Salmonella Enteritidis e Typhimurium).

“Além das citadas anteriormente, a utilização de vacinas vivas parasitárias para a prevenção da Coccidiose Aviária (doença causada pelo parasita Eimeria spp.) vem se tornando cada vez mais importante visto o grande impacto deste agente na saúde intestinal das aves e na cadeia produtiva como um todo”, completa Kawaoku.

Confirma a matéria completa na edição 1308 da revista Avicultura Industrial