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Meio Ambiente

Itaipu recebe o selo de Empresa Amiga da Mata Atlântica

Entrega foi feita durante o encontro anual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, que comemora 30 anos da RBMA e 50 do MAB. Selo tem validade de um ano e já havia sido concedido à Itaipu em 2018

Itaipu recebe o selo de Empresa Amiga da Mata Atlântica

A Itaipu Binacional recebeu, nesta noite de terça-feira (23), o selo de Empresa Amiga da Mata Atlântica, um reconhecimento à contribuição à restauração do Bioma Mata Atlântica. A empresa participa, ao longo desta semana, do encontro anual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), em Fortaleza (CE) e com transmissão ao vivo pelo canal Cine Biosfera, no YouTube, dos principais eventos e debates.

A entrega do selo (que tem validade de um ano e que já havia sido entregue à Itaipu em 2018) ocorreu durante a sessão solene que marcou os 30 anos da RBMA e 50 do programa O Homem e a Biosfera (MAB, em inglês), da Unesco. A empresa foi representada pelo diretor de Coordenação, general Luiz Felipe Carbonell, e o superintendente de gestão ambiental, Ariel Scheffer da Silva.

O evento contou com a participação de representantes do Conselho Nacional da RBMA, Unesco, Global Wildlife Conservation, Governo do Ceará e Federação das Indústrias do Estado do Ceará. Na ocasião, também foram entregues os troféus do Prêmio Muriqui 2021, reconhecendo importantes contribuições à causa ambiental em diversas categorias.

O presidente do Conselho Nacional da RBMA, Clayton Lino, destacou a importância do programa MAB no contexto internacional. São 727 Reservas da Biosfera em 131 países. “Trata-se de uma rede espetacular de lugares privilegiados pela natureza, mas que também coloca a questão do trabalho, a relação do homem com o uso da água, do solo, os valores culturais e étnicos. É um programa muito inovador”, afirmou.

Em seu discurso como participante da mesa de autoridades, o general Carbonell apresentou as ações que Itaipu desenvolveu desde a época da construção da usina, e que permitiram a formação de mais de 100 mil hectares de áreas protegidas no Brasil e no Paraguai, com destaque para o plantio de 24 milhões de árvores somente na margem brasileira. Além disso, a Itaipu foi responsável por 30% da regeração da Mata Atlântica observada no estado do Paraná entre os anos de 1985 e 2015.

“Itaipu produz energia limpa e renovável com base em um ciclo virtuoso da natureza. As ações da empresa são voltadas ao correto manejo do solo, a recuperação e a manutenção das florestas, a segurança hídrica, e o emprego dos princípios de desenvolvimento sustentável, lastrados em uma ampla rede de educação ambiental”, afirmou o diretor, enfatizando a importância da participação das comunidades, associações e setores produtivos no diagnóstico e execução das ações.

Já o superintendente de gestão ambiental, Ariel Scheffer da Silva, abordou o sistema inovador que permitiu a constituição da primeira Unidade de Gestão Descentralizada (UGD) da Reserva da Biosfera no mundo. A UGD RBMA Itaipu soma cerca de 860 mil hectares de áreas em 29 municípios, e conta com a participação de 10 instituições governamentais e 10 não-governamentais em seu Fórum Consultivo de Apoio à UGD.

“Para a Itaipu, a sustentabilidade da geração de energia no longo prazo tem a ver com segurança hídrica e com a vida útil do reservatório. E essa vida útil tem a ver com os ecossistemas, com sedimentos, com uso do solo e de como cuidamos da natureza no território. E é um trabalho feito em parceria e tendo como referência os 17 ODS da Agenda 2030. Tudo isso foi muito importante para que pudéssemos constituir essa UGD”, disse o superintendente.

A programação do evento segue ao longo da semana com a participação de Ariel Scheffer e do engenheiro florestal e coordenador da UGD, Luis Cesar Rodrigues da Silva, da Divisão de Áreas Protegidas (MARP.CD), no seminário internacional “A RBMA e a agenda global de sustentabilidade”. “O evento é uma oportunidade para se conhecer boas práticas implementadas em outros locais, com potencial para replicação na área de influência da Itaipu”, afirmou Luís César.