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Japão define regras para alimentos originários da biotecnologia

Foram aprovadas 31 variedades de seis culturas geneticamente modificadas, incluindo milho e soja.

Da redação (04/04/2001) – O governo japonês aprovou regras de rotulagem para produtos originários da biotecnologia, que entraram em vigor no último dia 1 de abril, de acordo com notícia divulgada pela agência Reuters. As regras vêm auxiliar a comercialização de produtos com ingredientes geneticamente modificados, tanto para consumo humano quanto animal.

O Ministério da Saúde japonês já aprovou 31 variedades de seis culturas geneticamente modificadas (milho, soja, canola, batata, beterraba e algodão) destinadas a produtos alimentares e cinco para aditivos. O ministério também deve aprovar, ainda no mês de abril, outras quatro variedades destinadas à produção de alimentos e duas para aditivos. O Ministério da Agricultura acaba de aprovar 28 variedades de plantas geneticamente modificadas para serem usadas em ração animal (13 de canola, oito de milho, duas de canola, quatro de algodão e uma de beterraba). As aprovações se referem à importação e venda de produtos, de acordo com as regras estabelecidas pelo governo.

O Japão importa cerca de 12 milhões de toneladas de milho para ração animal por ano e mais 4 milhões de toneladas para consumo humano. Os Estados Unidos, notório produtor de plantas, e grãos, geneticamente modificado, foram responsáveis por 95% desse total no ano passado. O Japão também importa cerca de 4,8 milhões de toneladas de soja por ano, tanto para consumo humano quanto animal, principalmente dos Estados Unidos, onde a área cultivada com soja geneticamente modificada deve atingir 63% do total cultivado com a oleaginosa na safra deste ano, de acordo com relatório divulgado pelo USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

De acordo com as novas regras aprovadas pelo governo japonês, os produtos alimentícios que apresentarem menos de 5% de ingredientes originários de plantas geneticamente modificadas já aprovadas para consumo, como milho e soja, não precisarão ter uma rotulagem específica. As indústrias de alimentos terão, entretanto, de avisar o consumidor que pode haver uso de organismos geneticamente modificados na manufatura de seus produtos, caso a linha de produção não segregue completamente os organismos geneticamente modificados dos convencionais.