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Justiça reabre frigorífico da JBS e evita abate sanitário de 650 mil aves

Planta frigorífica da JBS da cidade de Ipumirim, no Meio-Oeste catarinense, estava interditada pela Justiça do Trabalho

Justiça reabre frigorífico da JBS e evita abate sanitário de 650 mil aves

A Justiça de Santa Catarina autorizou a reabertura da planta frigorífica da JBS da cidade de Ipumirim, no Meio-Oeste catarinense, em um despacho no último sábado (30). A decisão contou com o envolvimento do Governo do Estado, que atuou ao lado dos produtores de carne para evitar o abate sanitário de 650 mil aves, o que provocaria um grande problema ambiental para a região.

O governador Carlos Moisés comemorou a decisão judicial e lembrou a importância econômica do setor agroindustrial para Santa Catarina. Segundo ele, os frigoríficos estão comprometidos em respeitar as normas sanitárias determinadas pela administração estadual. 

“A decisão da Justiça do Trabalho de desinterditar a planta de Ipumirim é acertada. Nossas exportações são fundamentais para a economia neste momento. Trabalhamos para garantir a saúde dos trabalhadores do campo e da agroindústria. A condição sanitária de Santa Catarina é reconhecida mundialmente e nossa intenção é manter esse status, mesmo com a pandemia”, afirmou Carlos Moisés.

O secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, explica que a paralisação de uma planta frigorífica tem reflexos imensos na produção de suínos e aves em Santa Catarina. Ainda na sexta-feira, 29, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e do Desenvolvimento Rural  e a Cidasc oficializaram a preocupação com a manutenção da interdição e o possível abate sanitário de  650 mil aves, represada no campo. 

Os principais temas levantados pelos órgãos do Governo do Estado foram os riscos de disseminação do coronavírus no meio rural, devido ao deslocamento de técnicos para realizar o abate e as ameaças para o meio-ambiente, saúde pública, sanidade e bem-estar animal. 

Para o diretor executivo de agropecuária da JBS, José Antônio Ribas Junior, a ação conjunta do Governo do Estado com o setor produtivo ajudou a mostrar o quão grave seria o problema ambiental de se abater 650 mil aves sanitariamente. “Temos um amplo canal de diálogo com o Executivo e isso com certeza auxiliou a sensibilizar a juíza. Houve uma mobilização de prefeitos e lideranças legislativas muito forte também”, explica Ribas.

Para o gerente do Sindicarnes, Jorge de Lima, o retorno da produção em Ipumirim é uma boa notícia para Santa Catarina, uma vez que dá a certeza que o Estado trilha o caminho da segurança sanitária nos trabalhos em seus frigoríficos

“O Estado nos ajudou e muito a mostrar as consequências do fechamento, além de garantir que os funcionários trabalham em um ambiente seguro”, contou

Na próxima semana, o setor de carnes aguarda por um decreto-lei interministerial, por parte do Governo Federal, para unificar os regramentos e garantir que não haja novas interdições. De acordo com Ribas, o setor está comprometido a seguir as regras, uma vez que o fechamento de uma planta frigorífica acarreta uma série de problemas para as empresas.

Reforço nos protocolos 

Garantir a segurança alimentar da população e, ao mesmo tempo, proteger os trabalhadores ligados ao agronegócio são as prioridades da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina. 

O agronegócio catarinense, em especial a indústria da proteína animal, tem uma cadeia produtiva extensa e que trabalha em um ritmo constante. Santa Catarina é referência internacional no cuidado com a saúde de seus rebanhos e na qualidade de seu agronegócio, com produtos que chegam aos mercados mais competitivos e exigentes do mundo. E todos os esforços estão voltados para manter esse status e seguir com a nobre missão de alimentar o mundo. 

Liderança no Agronegócio

Santa Catarina é o maior produtor de suínos, o segundo maior produtor de aves e o quarto maior produtor de leite do Brasil. O agronegócio é o carro-chefe da economia catarinense, respondendo por mais de 30% do Produto Interno Bruto do estado e por 70% das exportações no primeiro quadrimestre de 2020.