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Melhoramento genético de aves no Brasil

Um breve histórico do trabalho e da evolução genética de aves de corte e de postura, de acordo com a obra de Kepler Euclides Filho.

Frango de corte

Redação AI 24/06/2002 – No Brasil, a implantação de projetos de melhoramento genético de aves teve início na década de 50. De acordo com dados do livro “Melhoramento Genético Animal no Brasil: fundamentos, história e importância”, do pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Kepler Euclides Filho, em 1957, o Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária Centro-Sul iniciou um programa destinado à obtenção de aves poedeiras comerciais. Na mesma época, a granja Guanabara deu início a trabalhos com melhoramento genético com vistas ao desenvolvimento de aves para corte. Trabalhos pioneiros de cruzamento de raças também foram iniciados nesta década pela estação Experimental de Pindamonhangaba (SP) com o intuito de se obter frangos mais precoces, resistentes, eficientes e com melhor conformação.

Já nos anos 60, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) iniciou pesquisas em genética de galinhas. Na década seguinte foi a vez da Universidade Federal de Viçosa (MG) iniciar seus trabalhos de melhoramento genético de aves. Nas décadas seguintes outras instituições de pesquisa começaram a investir em melhoramento genético de aves. Entre elas o Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, a Universidade Federal de Pelotas e a Universidade de Santa Maria. Em 1983, a Embrapa, através do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves deu início ao seu programa, visando a

Galinha poedeira

formação de linhagens de aves comerciais para a produção de carne que, posteriormente, tornou-se mais abrangente, incluindo programas de linhagens para postura. Segundo Kepler, apesar de todos estes esforços, o desenvolvimento da área de genética avícola no País é inferior ao que se deveria esperar. Embora o desenvolvimento da área de genética avícola até o final dos anos 80 indicasse um futuro promissor para o segmento no Brasil, nos anos 90, a abertura de mercado e a sensível redução dos investimentos governamentais nesta área, decorrente do controle de algumas multinacionais que dominam o mercado de matrizes, acabou frustrando tais expectativas.