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Mercado aponta para o desenvolvimento da Coturnicultura no Brasil

<p>Tanto o segmento de corte, como de postura, estão em franca ascensão no mercado.</p>

Redação (31/10/2007)- O mercado avícola está apontando para um franco desenvolvimento da coturnicultura no Brasil. Tanto o segmento de corte, como de postura, estão em franca ascensão no mercado. Esta é a conclusão dos participantes do III Simpósio Internacional e II Congresso Brasileiro de Coturnicultura, realizado na última semana, na cidade de Lavras.

De 1995 até 2005, o Brasil registrou um aumento de 132% no plantel avícola de codornas. Somente de 2000 até 2005, houve um aumento em 18%.
Já a produção de ovos de codorna, no primeiro período, de 1995 até 2005, o país registrou um aumento de 175% em sua produção. E de 2000 até 2005, o Brasil obteve um aumento de 35%.

Mudanças foram observadas, como a ampliação de fornecedores de codornas de um dia e evolução das características genéticas colocadas à disposição dos criadores.

De acordo com o Médico Veterinário Benedito de Oliveira, da Universidade Federal de Lavras, em geral, as aves ficaram mais pesadas, mais produtivas, com ovos maiores e uma maior resistência. "Os dados de crescimento da coturnicultura no Brasil são resultados de um amplo trabalho no manejo sanitário, nutricional, genético e de automação das granjas", destacou Oliveira.

Segundo o também professor da UFLA, Antônio Gilberto Bertechini, o ovo de codorna é um produto de altíssima qualidade nutricional, sendo produzido por uma ave de alta eficiência de transformação dos recursos alimentares de menor valor em um alimento de alto valor biológico para o consumo humano. "A tecnologia hoje empregada na produção de ovos de codorna está oferecendo maior estabilidade ao segmento, com a diversificação das formas de comercialização e com melhoria nos procedimentos de industrialização de ovos", destacou o pesquisador da UFLA, Antônio Gilberto Bertechini.

O Zootecnista Reinaldo Kato e o Médico Veterinário Clodoaldo Moretti, ambos da Uniquímica, participaram do evento como palestrantes.

Em sua apresentação, Kato abordou o lado econômico da atividade, como análise do custo de produção, sistemas de gerenciamento das granjas, perdas por desperdícios e a melhor forma de negociar o produto. "Na coturnicultura, a maior participação no custo de produção é devida à alimentação das aves", afirmou. "A otimização deste fator será evidente no resultado final", destacou Kato.

Segundo ele, o custo de produção é uma importante ferramenta que permite ao técnico a tomada de decisões. "Porém, o correto entendimento das variáveis que influenciam a rentabilidade é primordial para a permanência do coturnicultor na atividade", destacou o Zootecnista da Uniquímica.

Kato também destacou a importância de um correto manejo para a atividade. Segundo ele, o manejo adequado é importante, pois complementa as práticas sanitárias e de alimentação e interfere diretamente nos principais índices zootécnicos, especialmente viabilidade, ritmo de crescimento, eficiência das rações e produção final. "O desempenho pode ser avaliado através da viabilidade e ganho de peso na fase de crescimento e, depois, índices de produção, peso dos ovos, conversão alimentar e mortalidade das codornas adultas", destacou. "Estas práticas de baixo custo permitem corrigir falhas e orientar nas mudanças futuras", afirmou Reinaldo Kato, Zootecnista da Uniquímica.

Já em sua participação, o Médico Veterinário da empresa, Clodoaldo Moretti, abordou a importância de um correto sistema de biosseguridade na coturnicultura. Segundo explicou Moretti, biosseguridade são as normas praticadas dentro da granja para proteção da saúde dos animais. "São normas de segurança, baseadas na Medicina Veterinária preventiva na produção animal", destacou.

Biosseguridade significa o desenvolvimento e implantação de um conjunto de políticas e normas operacionais rígidas que terão a função de proteger o rebanho contra a introdução de quaisquer agentes infecciosos. "Em seu sentido mais amplo, significa o estabelecimento de um nível de segurança de seres vivos  por meio da diminuição do risco de ocorrência de enfermidades agudas ou crônicas em uma determinada população", explicou o Médico Veterinário Clodoaldo Moretti, da Uniquímica.

Alguns ítens, citados por ele, não podem deixar de estar presentes no dia-a-dia da granja, como por exemplo, isolamento, controle de tráfego, higienização, monitoramento, educação continuada, entre outros. "Estas são questões básicas", afirmou Moretti.