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Insumos

Movimento de queda do milho perde forças e alta da soja preocupa produtores

Ambos os insumos tiveram altas nas últimas semanas

Movimento de queda do milho perde forças e alta da soja preocupa produtores

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (22/06), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o movimento de baixa nas cotações do milho perdeu força nos últimos dias. De 12 a 19 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP) subiu 0,49%, a R$ 47,15/saca de 60 kg na sexta-feira, 19 – na parcial do mês (até o dia 19), contudo, o Indicador acumula queda de 6,06%.

Pesquisadores do Cepea afirmam que a sustentação está atrelada às recentes valorizações do dólar, que fizeram com que vendedores voltassem as atenções à paridade de exportação e, consequentemente, reduzissem a oferta no mercado interno. Compradores, por sua vez, seguem adquirindo lotes pontuais e suficientes para o curto prazo, ainda à espera de um ritmo mais acelerado da colheita em julho.

Os preços da soja em grão subiram significativamente nos últimos dias, preocupando representantes de indústrias quanto ao abastecimento da matéria-prima no segundo semestre – grande parte das unidades tem estoques apenas para curto prazo.

Segundo pesquisadores do Cepea, a expressiva valorização cambial na semana passada aqueceu a demanda externa pela soja brasileira, o que elevou a liquidez doméstica. Esse cenário, atrelado ao baixo excedente interno, impulsionou os preços da soja no Brasil. No início da pandemia de covid-19 no Brasil, agentes estavam incertos quanto ao consumo de farelo e óleo de soja.

No entanto, as procuras doméstica e externa continuaram firmes, especialmente por farelo de soja. Agora, com o câmbio ainda elevado, indústrias, principalmente as do Sudeste do Brasil, preferem exportar o derivado ao invés de vendê-lo no mercado interno, fazendo com que uma parte dos consumidores brasileiros de farelo tenha dificuldades em se abastecer.