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IICA

Na preparação para a COP27, o cientista Rattan Lal liderará um diálogo sobre agricultura e ambiente

O processo de diálogo busca consensos dos países das Américas para a COP27, da Convenção Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, que acontecerá este ano no Egito

Na preparação para a COP27, o cientista Rattan Lal liderará um diálogo sobre agricultura e ambiente

O cientista Rattan Lal, maior autoridade mundial em ciências do solo e Prêmio Mundial da Alimentação de 2020, liderará, por condição de Embaixador de Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o processo de diálogo e busca de consensos dos países das Américas para a Conferência das Partes 27 (COP27) da Convenção Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, que acontecerá este ano no Egito.

O anuncio foi feito pelo Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, na reunião que reuniu, terça-feira, vinte secretários e ministros da agricultura de países das Américas, na qual representantes de 34 países trataram de formas de abordagem conjuntas junto à urgente necessidade de transformar o setor agrícola em resposta à mudança do clima e outorgaram mandato ao organismo interamericano para que coordene a busca de consensos regionais com vistas a posicionar a agricultura nas negociações internacionais sobre a mudança do clima (VER ANEXO).

“Saudação ao Embaixador da Boa Vontade do IICA e Prêmio Mundial da Alimentação de 2020, Rattan Lal, que aceitou ser nosso Embaixador e liderar todo esse processo de diálogo, consultoria e busca de uma relação mais sinérgica entre a agricultura e o meio ambiente para a COP 27”, anunciou Otero.

Com a nomeação de Lal e o mandato dos países ao IICA, a preparação para a COP27 terá marcos relevantes em que o organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural trabalhará juntos a seus Estados membros para assegurar que suas necessidades estejam devidamente refletidas e sejam atendidas, sempre focando nos agricultores e na geração de políticas públicas para o setor agrícola modernas e eficazes, que garantam equilíbrios adequados entre a produtividade e a sustentabilidade.

Lal, Cátedra IICA de Ciências do Solo e reconhecido no âmbito mundial por seu trabalho focado no potencial dos solos para ajudar a resolver problemas globais, como a mudança do clima, a segurança alimentar e a qualidade da água, dirige o Centro de Gestão e Sequestro de Carbono (C-MASC) da Universidade do Estado de Ohio, Estados Unidos.

O C-MASC lidera, com o organismo especializado do Sistema Interamericano, o programa “Solos Vivos das Américas”, iniciativa que articula esforços públicos e privados no combate à degradação dos solos, fenômeno que ameaça solapar a capacidade dos países de atender a demanda de alimentos de maneira sustentável.

Lal também integra, desde este ano, por convite do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Junta para o Desenvolvimento Internacional da Alimentação e a Agricultura (BIFAD), com sede em Washington e criada em 1975 pelo Congresso dos Estados Unidos para assessorar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em temas agrícolas e de educação superior relacionados à insegurança alimentar em países em desenvolvimento.

A reunião ministerial que teve como título “Reunião das Américas sobre a Mudança do Clima e a Agricultura: A Caminho da Cúpula das Américas de 2022 e Além”, foi realizada como prelúdio à reunião de Chefes de Estado e de Governo que acontecerá na próxima semana na cidade de Los Angeles, Estados Unidos.

Uma segunda fase da reunião, chamada de Cúpula das Américas para a Ação Climática na Agricultura, acontecerá na Sede Central do IICA, em São José, Costa Rica, em setembro, antes da COP de novembro, que terá como sede a cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.

Com a liderança de uma autoridade científica como Rattan Lal, o IICA apoiará a organização da COP27 mediante a sua plataforma hemisférica, que oferece um âmbito propício e único para que representantes e funcionários do setor agropecuário dos países das Américas façam um intercâmbio de perspectivas sobre como a agricultura deve atuar e se afirmar nas negociações internacionais sobre a mudança do clima.