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Nildemar Secches assume a presidência da Abef

O objetivo de Secches, que também preside a Perdigão, é conquistar o mercado americano.

 
Secches e Martins: coletiva sobre os planos da nova diretoria da Abef

Redação AI (29/03/2001) – O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, assumiu ontem a diretoria da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), em solenidade realizada no Hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo (SP). O evento contou com a presença do ministro da Agricultura e do Abastecimento, Pratini de Moraes.

Antes da posse, Secches concedeu entrevista coletiva à imprensa, em que falou sobre a participação da carne de frango brasileira no mercado internacional e suas metas para a gestão 2001/2003.

O novo presidente disse que no segundo semestre do ano passado o frango brasileiro começou a recuperar seus preços. “Com os episódios da vaca louca e da febre aftosa na Europa a demanda pela carne de frango aumentou substancialmente no continente”, diz. Desta forma, a participação do Brasil no mercado europeu com a carne de frango vem registrando um crescimento gradativo.

Porém, os preços para a exportação do frango brasileiro ainda não atingiram um patamar satisfatório aos produtores e indústrias do País. “Estamos negociando a tonelada de frango por US$ 900”, revela Secches. “Mas a tendência é de aplicarmos, até o final do ano, o preço de US$ 1050 por tonelada”.

Metas Nildemar Secches disse que uma de suas principais metas à frente da Abef será fechar um acordo comercial/sanitário com os Estados Unidos para a venda de carne de frango. E, segundo ele, este acordo deve ser realizado em breve. “O Brasil possui nível sanitário excelente em seu plantel de aves. Registra o maior índice de produtividade e o menor preço de custo do setor avícola mundial”. O custo de produção de frango no País possui em torno de 3% a 5% de vantagem sobre o custo americano.

A intenção do Brasil com o acordo junto aos Estados Unidos é a de ter livre acesso aos mercados canadense e mexicano, além do americano. Além desses mercados, Secches revela que já está de olho em outras oportunidades comerciais para o Brasil. A Indonésia, Chile e China encabeçam a lista dos potenciais compradores. “A função número 1 da Abef é abrir novos mercados”, enfatiza.

Hoje o Brasil ocupa o segundo lugar como exportador mundial de carne de frango (o primeiro lugar é ocupado pelos EUA). Sua participação no mercado internacional é de 17%.

De acordo com Luiz Fernando Furlan (veja ao lado), ex-presidente da Abef, nos últimos quatro anos o número de compradores da carne de frango brasileira dobrou, totalizando hoje 89 nações.

Os principais compradores do frango brasileiro são a União Européia, Oriente Médio, Japão, África do Sul, Cingapura e Argentina. Para 2001, a Abef estima que as exportações de carne de frango sejam 25% superiores, em receita, atingindo a casa dos US$ 1,1 bilhão, contra os US$ 800 milhões registrados no ano anterior.