O município de Santo Inácio (a 88 quilômetros de Maringá, no PR) que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve um aumento de apenas 80 pessoas durante a década 2000 a 2010, acaba de ter dois loteamentos abertos e há pedido de registro de outros seis somente nos últimos meses. Isto, segundo o prefeito João Batista dos Santos (PMDB), é resultado do crescimento na oferta de postos de trabalho com a instalação de um abatedouro de frango que promete empregar em torno de 2,5 mil pessoas.
De acordo com Santos, Santo Inácio não tinha problema de desemprego, porque a Usina de Açúcar e Álcool Alto Alegre emprega milhares de trabalhadores nos municípios da região, mas a novidade foi a chegada da BR Frango, cuja implantação está em fase de instalação de equipamentos.
A construção da indústria, no Km 71 da PR-463, já empregou centenas de trabalhadores, mas a partir do próximo mês a unidade inicia as operações e na fase inicial deve abrir entre 500 e 800 postos de trabalho de forma direta.
Quando toda a planta estiver concluída, com 13,5 mil metros quadrados de área construída, ocupados pelo abatedouro de aves, e outros 890 metros quadrados pela fábrica de ração, a BR Frango estima que empregará 2,5 mil trabalhadores.
Diante da expectativa de que cada emprego direto gere outros cinco indiretos, o projeto de implantação do complexo industrial poderá inserir 12,5 mil postos de trabalho na cidade. Santo Inácio tem hoje 5.270 habitantes, mas os empregos indiretos devem se espalhar por cerca de 15 municípios da região onde estão sendo instaladas granjas para a criação de frangos pelo regime de integração.
“A chegada da BR Frango acontece em um momento decisivo para as regiões que tem na cana a base econômica”, analisa o prefeito. “As usinas mecanizam a colheita e o plantio da cana e isto deve provocar uma onda de desemprego muito grande, mas, por sorte, surgem opções de emprego, o que vai evitar o esvaziamento da cidade”, destaca.
Além da geração de trabalho, a BR Frango poderá provocar uma diversificação na renda do produtor rural, mantendo em sistema de integração para atender as necessidades de produção, cerca de 300 aviários. Inicialmente, a indústria contará com um turno de produção e capacidade para abater 105 mil aves por dia.
Na segunda fase do projeto, deverá abater cerca de 210 mil em dois turnos diários. Na fase final, ao implantar duas linhas de produção, a previsão é de abater 420 mil frangos por dia. O prazo estimado para que todas as fases se realizem é de dois anos.
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