Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Sustentável

O raiar de um novo mercado orgânico

Com investimentos de R$ 200 milhões, a Raiar irá estruturar a maior granja de ovos orgânicos do País, atingindo a marca de 700 mil aves alojadas ao final do projeto. 

O raiar de um novo mercado orgânico

A Raiar pretende revolucionar completamente o mercado de ovos orgânicos no País. A empresa formada há pouco mais de dois anos por executivos oriundos do mercado de grãos irá investir ao longo dos próximos cinco anos um montante estimado em cerca de R$ 200 milhões. Um complexo produtivo de ovos orgânicos está sendo estruturado no município paulista de Avaré.

Quando ele estiver totalmente finalizado, terá capacidade para 700 mil poedeiras alojadas e produção anual de 180 milhões de ovos orgânicos.

O projeto foi pensado em oito etapas, crescendo em consonância com o desenvolvimento desse mercado, que tem algumas características específicas de criação das aves, principalmente em questões nutricionais.

Hoje, a área da granja já abriga dois galpões de recria e oito aviários de produção de ovos, além de uma moderna fábrica de ração (com capacidade produtiva para alimentar até 1,5 milhão de poedeiras) e uma sala para recepção, embalagem e expedição dos ovos.

Estão alojadas 65 mil galinhas, mas o objetivo é chegar ao final desse ano com 160 mil aves em produção.

“Cada centímetro da propriedade já tem o seu destino; o nosso projeto é muito bem alicerçado em um planejamento futuro, no qual trabalhamos não só a parte produtiva, mas também o desenvolvimento do mercado de proteína orgânica no País”, afirma Luis Barbieri, um dos cinco sócios-fundadores da Raiar Orgânicos.

O grupo de executivos é praticamente todo oriundo do mercado de grãos e logística, com três deles mais diretamente ligados às operações da Raiar Orgânicos.

Há cerca de três anos, segundo explica Barbieri, eles começaram a observar um movimento de crescimento econômico e transformação dentro do mercado mundial de ovos.

O que chamou a atenção dos executivos foi o processo de retirada das aves de sistemas de criação em gaiolas, algo que no Brasil ainda é algo incipiente. “Nos estudos de mercado, percebemos que essa mudança dentro da produção ocorria por pressão da sociedade, e não necessariamente por um fator regulatório; como o setor de ovos é bem pulverizado no Brasil, identificamos uma oportunidade e resolvemos investir, agregando o que há mais moderno nesse modelo de criação, mesmo ante os inúmeros desafios”, complementa Barbieri.

Os sócios resolveram então estruturar um negócio sustentado por um tripé formado por tecnologia, bem-estar animal e fomento à produção de grãos orgânicos junto a pequenos agricultores. Ambos, elementos-chave para a geração de escala produtiva e expansão da oferta de ovos orgânicos no mercado brasileiro.

Confira a matéria completa na Edição 1315 da Revista Avicultura Industrial