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Exportações

O sobe e desce das exportações para China e Hong Kong no 1º bi

Chineses importaram US$ 42,07 milhões em carne suína até fevereiro, uma queda de 26,6%

O sobe e desce das exportações para China e Hong Kong no 1º bi

A previsão de que a China ampliaria fortemente as importações de carne suína brasileira –como reflexo dos surtos de Peste Suína Africana em sua produção doméstica – ainda não se concretizou. Pelo contrário, apontam os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. No acumulado de janeiro e fevereiro do ano passado, o gigante asiático importou US$ 57,33 milhões em proteína suína, o que representou aumento de 157,6% em relação ao mesmo período de 2017. Já no primeiro bimestre de 2019, os chineses importaram US$ 42,07 milhões. Houve uma queda de 26,6%, na comparação com o ano anterior.

Em meio ao avanço da PSA e o aumento das expectativas otimistas para a suinocultura brasileira, a avicultura também se destacou. É a carne de frango brasileira que tem chegado em maiores volumes na China nesse primeiro bimestre. Até o fim de fevereiro, os chineses importaram US$ 139,3 milhões dessa proteína. Houve um incremento de 7,2% em relação ao primeiro bimestre de 2018. Naquele período, a China importou US$ 129,91 milhões em carne de frango, o que representou aumento de 3,6% na comparação com janeiro e fevereiro de 2017.

A carne suína também perdeu espaço em Hong Kong. Neste caso, houve uma queda de 42% nas exportações para esse destino. Em valores, a redução foi de US$ 42,64 milhões para US$ 24,44 milhões. A carne de frango, por sua vez, não ocupou esse espaço. As exportações dessa proteína passaram de US$ 63,03 milhões para US$ 38,73 milhões.

Janeiro atípico

A retração observada no primeiro bimestre, na avaliação da analista de Mercado de Aves e Suínos, Maristela Martins, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, decorreu de uma queda brusca nas exportações em janeiro. “O atípico foi janeiro, quando a China reduziu de forma brusca as exportações”, diz. Em fevereiro, no entanto, o país retomou as compras da forma semelhante a 2018.

Maristela acredita ser difícil projetar se haverá aumentos nas exportações de carne suína para a China neste ano, uma vez o Brasil não é historicamente um dos principais fornecedores dessa proteína. “A China sempre compra mais da Europa. Em 2016, por exemplo, o Brasil era o oitavo principal exportador”, comenta.

Já a carne de frango tem encontrado bom espaço na China, observa a analista. “Em janeiro, a Arábia Saudita foi a principal demandante dessa carne, como sempre foi. Mas em fevereiro isso mudou, porque a China ultrapassou”, ressalta.