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Bem-Estar Animal

ONG de proteção animal fez protesto em frente ao Burger King

ONG de proteção animal fez protesto em frente ao Burger King, na Avenida Faria Lima, pedindo o fim do encarceramento de animais em gaiolas

ONG de proteção animal fez protesto em frente ao Burger King

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Ativistas do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, maior rede da causa no Brasil, protestaram em frente ao restaurante Burger King, na avenida Faria Lima, contra a prática de seus fornecedores em manter aves e suínos em gaiolas. A empresa anunciou que vai extinguir gaiolas para galinhas no mundo todo, mas só estabeleceu data para os EUA, Canadá e México. Nos EUA, se comprometeu a eliminar as gaiolas até 2022.

Com uma porca inflável de três metros de altura e um dos ativistas vestido de galinha enclausurado numa gaiola, a ONG expôs, em pleno horário de almoço, a tortura presente nos produtos da rede norte-americana, chamando a atenção das pessoas que passavam pelo local. Um ativista usava a máscara do rosto do bilionário Jorge Paulo Lemann, um dos donos do Burger King. Um banner também foi estendido com o pedido: “Lemann, acabe com a tortura de animais no Burger King”.

“Há meses estamos pedindo que tenham compaixão e parem de comprar ovos e carne suína de sistemas que aprisionam animais por toda a vida, mas estamos sendo ignorados. Esperamos que a devida atenção seja dada a milhões de animais que sofrem para abastecer a rede”, disse Vania Nunes, diretora do Fórum Animal.

Em outubro do ano passado o Fórum Animal lançou uma petição online junto a oito ONGs latino-americanas pedindo à rede que essa barbárie seja eliminada de sua cadeia em todo o continente.  Os ativistas entregaram ao gerente da loja um informe com as mais de 50 mil assinaturas coletadas na petição, junto a um pedido formal de conversa com o Sr. Lemann, para negociar a transição para um tratamento mais justo com os animais.

Poedeiras

No início do ano, a rede de restaurantes Burger King se comprometeu a eliminar o uso de ovos produzidos por galinhas confinadas em gaiolas em toda sua cadeia de fornecimento, passando a somente comprar ovos produzidos em sistemas onde as aves são criadas soltas. O prazo de 2025 foi estabelecido para que a transição seja concluída nos EUA, Canadá e México. Nenhuma data específica foi estabelecida para o resto do mundo, o que inclui o Brasil.

Elissa Lane, vice-diretora da Humane Society International (HSI), afirma que o fato do Burger King estar se unindo ao movimento livre-de-gaiolas em nível global é um claro indicador de que o futuro da produção de ovos é sem gaiolas. “Esperamos ver a empresa anunciar um prazo similar para seus restaurantes na Ásia, África e em todos os países latino-americanos – incluindo o Brasil”, disse.

Outras grandes empresas que já se comprometeram a somente usar ovos produzidos sem gaiolas no Brasil são o Grupo Bimbo, Nestlé, Unilever e Marriott International. Em nível global, diversas outras empresas líderes de mercado também já se uniram ao movimento livre-de-gaiolas.

Gaiolas

O uso de gaiolas foi proibido pelos países-membros da União Europeia, Índia, Nova Zelândia e diversos estados norte-americanos. Associações de produtores de suínos da África do Sul e Austrália também já se comprometeram.

Um número crescente de empresas vem atendendo a essa demanda. A Arcos Dorados, maior operadora de restaurantes do McDonald’s na América Latina, se comprometeu a eliminar o uso de gaiolas de gestação até 2022. Esforços do Fórum Animal fizeram com que os três maiores produtores de suínos do Brasil – BRF, JBS e Aurora – se comprometessem a eliminar o uso contínuo de gaiolas dentro dos próximos dez anos. No setor de ovos, a Unilever, dona das maioneses Hellmann’s e Arisco, irá eliminar as gaiolas em bateria de sua cadeia até 2020 globalmente, incluindo no Brasil. O Grupo Bimbo – dono de grandes marcas no Brasil como Ana Maria e Pullmann – também prometeu eliminar as gaiolas para galinhas até 2025.

Entenda mais sobre a discussão na edição especial da Suinocultura Industrial que tratou o tema 

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