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Perdigão supera R$ 2 bilhões de faturamento

Excelente desempenho no mercado interno reduz o impacto da queda de preços no mercado internacional.

Da Redação (11/03/2001) – A Perdigão fechou o ano 2000 com um faturamento superior a R$ 2 bilhões (R$ 2,066 bilhões), valor que equivale a um aumento de 14,7% em comparação ao alcançado no ano fiscal anterior. Esse faturamento agrega as receitas do Frigorífico Batávia S.A., adquirido no mês de abril. O balanço consolidado da empresa aponta o mercado interno como responsável por uma receita de R$ 1,6 bilhão, 21% maior em relação a 1999. As exportações cresceram 13,9% em volumes, totalizando 244,4 mil toneladas. O resultado líquido no período chegou a R$ 45,4 milhões, com uma margem líquida de 2,6%.

“O leve decréscimo de 3,8% verificado no resultado líquido de 2000 em relação ao período anterior deve-se principalmente aos preços de venda dos produtos in-natura no mercado interno, à queda nos preços das exportações e aos custos de produção elevados, em especial dos principais insumos milho e soja”, revela o vice-presidente financeiro da Perdigão, Wang Wei Chang, ao divulgar o balanço.

O bom desempenho da empresa no mercado interno está atrelado ao crescimento das vendas de produtos com maior valor agregado. Os investimentos feitos em inovações tecnológicas resultaram em ganhos de produtividade e escala e a diversificação do mix de produtos, através de uma política agressiva de lançamentos, também concorreu para o resultado positivo, o que proporcionou a geração de R$ 160 milhões de EBITDA no ano.

Investimentos – Durante o ano de 2000, a Perdigão investiu R$ 216,3 milhões, 13,8% a mais do que no ano passado. A maior parte desses investimentos 71,3% do total foi aplicada na unidade de Rio Verde (GO), maior complexo agroindustrial em implantação na América Latina e que aumentará a capacidade de produção da empresa em 30% até 2003, quando estiver a plena operação. Algumas linhas da nova unidade estão em fase pré-operacional desde junho de 2000.

Os novos projetos nas demais unidades da empresa demandaram investimentos da ordem de R$ 32,3 milhões e foram direcionados para os segmentos de massas, pizzas, pão-de-queijo, além de logística, informática e meio ambiente.

A Perdigão investiu, ainda, R$ 27,1 milhões ou 15,3% acima do empregado no ano anterior em seus programas sociais mantidos em diversas áreas, como saúde, alimentação, transporte, habitação, educação, previdência privada e outros.

Mercado interno – No mercado interno cabe destacar a evolução dos volumes comercializados de frigorificados de aves (produtos de maior valor agregado), que cresceram 35,2% em relação a 1999. Incluindo os produtos à base de suínos e bovinos, o total de volumes de carnes comercializados registraram acréscimo de 19% no ano, passando de 372 mil toneladas para 442,7 mil toneladas e aumentando a receita em 25% comparativamente ao ano anterior.

A Perdigão ampliou seu market share em diversos segmentos, consolidando a liderança em industrializados de carne com uma participação de 22%, de acordo com dados consolidados do Instituto Nielsen em 2000. No mercado de carnes congeladas, a participação chegou a 31%, enquanto no segmento de pratos prontos congelados de massas atingiu a marca de 32%.

Essa performance deve-se à constante ampliação do mix de produtos, sempre com o objetivo de atender as necessidades e exigências do consumidor moderno. Durante o ano 2000, foram feitos 33 lançamentos.

Mercado externo – Embora o volume de carnes exportado em 2000 tenha crescido 13,9% em comparação ao ano anterior, as receitas ficaram 0,9% abaixo. O fato é devido aos preços médios substancialmente inferiores praticados no mercado externo. Para o ano em curso, a expectativa da companhia é de recuperação de preços no mercado internacional. Considerando-se o incremento das exportações de peru, a partir de investimentos e modernização das linhas de produção do Frigorífico Batávia, vislumbra-se um crescimento de cerca de 30% em valor nesse mercado.

No âmbito internacional, a Perdigão destacou-se no ano que passou como a primeira empresa brasileira do setor de alimentos a ter seus ADRS (American Depositary Receipts) negociados na Bolsa de Nova York. Isso oi possível após a obtenção de registro na SEC (Securities and Exchange Commission), nos EUA, e na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no Brasil.