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Pioneirismo à toda prova

Em mais uma iniciativa inovadora, Aravestruz inaugura frigorífico exclusivo para o abate de avestruz e completa a cadeia produtiva da estrutiocultura no Brasil.

Redação AI 03/04/2002 – A Aravestruz deu mais um passo decisivo para a consolidação da estrutiocultura no Brasil. A empresa, que há um ano promoveu o primeiro abate de avestruzes em território nacional, acaba de inaugurar o primeiro frigorífico específico para o abate da ave no País. Além de completar a cadeia produtiva e fortalecer a atividade no Brasil, o pioneiro empreendimento, amplia as oportunidades para os criadores nacionais. “O frigorífico veio para reforçar a imagem da estrutiocultura no País. Pessoas que estavam descrentes na viabilidade da criação agora podem constatar que o negócio já tem outras opções”, explica Maurício Lupfieri Júnior, proprietário da Aravestruz. Segundo ele, o número de criadores de animais para o abate deverá crescer significativamente com a inauguração do novo abatedouro. “O abatedouro abre caminho para que os criadores brasileiros ampliem suas criações com a certeza de que terão para quem direcionar sua produção”, diz.

A cerimônia de inauguração, realizada em Araçatuba (SP), contou com a presença de representantes do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Também esteve presente o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio Fortes de Almeida. Para ele, a iniciativa contribui para que a estrutiocultura desempenhe um papel mais importante dentro do agronegócio brasileiro. “Esse frigorífico exclusivo para o abate de avestruzes é importante, uma vez que completa a cadeia produtiva da atividade no País. É o que necessitávamos para atribuir ao avestruz, e à estrutiocultura como um todo, uma importância maior dentro da economia e dentro do agronegócio brasileiro”, afirma. “Antigamente a criação de avestruz era uma atividade que estava em sua fase embrionária, a partir de agora ela já pode desabrochar, aparecer e se desenvolver, criando um mercado consumidor a sua altura”.

Qualidade e segurança
– Todo o processo de elaboração e construção do novo frigorífico contou com intensa participação dos profissionais do SIF e do Ministério da Agricultura. “O frigorífico é fruto de uma parceria entre a empresa e o ministério. A Aravestruz apresentou o projeto e o Mapa trabalhou em conjunto com seu projetista”, explica Claudia Kortwich, médica veterinária e assessora de aves do SIF. “Depois de concluído, o projeto seguiu para Brasília e foi aprovado sem restrições”, diz. Para ela, a experiência adquirida com o funcionamento do antigo frigorífico foi fundamental para a construção da nova planta. Segundo Kortwich, com o know how adquirido, foi possível construir um frigorífico ideal para o abate de avestruzes uma vez que as novas instalações garantem a segurança total dos funcionários e a qualidade da carne da ave.

O SIF também já definiu as normas para os processos de desossa e análise microbiológica a serem adotados no frigorífico. De acordo com Kortwich, o procedimento segue as mesmas determinações adotadas para os segmentos tradicionais da avicultura. Uma equipe do SIF permanecerá constantemente no frigorífico para realizar os exames necessários.

Resultado de um investimento que consumiu R$ 1 milhão, o moderno frigorífico da Aravestruz tem capacidade de abate de cerca de 4.400 aves por mês. Inicialmente a empresa pretende abater cerca de 100 aves por semana, número que corresponde a aproximadamente 12 toneladas de carne por mês. A Aravestruz fornece atualmente carne para vários supermercados e restaurantes de São Paulo. Com a demanda crescendo rapidamente as perspectivas são bastante animadoras. Única empresa a realizar o abate em escala comercial no País, a empresa tem recebido inúmeras consultas para o fornecimento da carne tanto para o mercado interno quanto para o externo.

Vários outros supermercados, restaurantes, clínicas de emagrecimento, spas, estão hoje interessados em comprar sua produção. “Muitos estabelecimentos internacionais também já fizeram contato conosco com o interesse de comprar nossa carne. Mas por enquanto não podemos atendê-los pois não temos animais para tanta demanda”, explica Júnior. “Somos responsáveis e estamos dando os passos de acordo com nossa produção. Nesta primeira etapa não esperamos abater em grandes quantidades. Queremos sim, continuar atendendo nossos clientes, e até aumentá-los se possível, mantendo sempre um fornecimento constante. Mas o mais importante é continuar divulgando os produtos do avestruz”.