Plano de safra 2002/2003
Da Redação 04/07/2002 - O governo anunciou, ontem, o plano de safra 2002/2003. Entre as principais medidas, o aumento do volume de recursos e de alguns preços de garantia.
Os financiamentos para os produtores rurais estarão disponíveis até o fim deste mês. Serão R$ 21,7 bilhões em linhas de crédito, 26% a mais que na safra passada. O café foi o único produto que teve o crédito aumentado de R$ 60 mil para R$ 100 mil por produtor.
O governo anunciou também o novo preço mínimo dos produtos. O algodão em pluma foi para R$ 33,90, a saca do arroz subiu para R$ 14,00 no sul, sudeste e centro-oeste. O milho no sul, sudeste, Tocantins e sul da Bahia e do Maranhão foi para R$ 9,50, reajuste de 28%.
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, marcou para a próxima quinta-feira uma reunião com todo o setor do milho. O governo quer evitar que haja preferência no plantio de soja, já que, atualmente, ela está mais rentável por causa do câmbio.
Com esse preço da soja, o ideal é que o preço mínimo do milho fosse ainda superior. Nós não vamos ficar apenas nisso. Nós concluiremos na próxima semana, até quarta ou quinta-feira, uma última rodada negociações com a cadeia produtiva do milho com o objetivo de definir imediatamente um programa de opções para milho de forma a estimular o plantio, explicou o ministro da Agricultura.
O presidente da Confederação Nacional de Grãos criticou o preço mínimo estabelecido pelo governo para o milho.
Ele está muito aquém do custo de produção. Nós acreditamos que o governo liberará na próxima semana um contrato de opção. No contrato, o preço mínimo para o produtor plantar nessa safra é R$ 13,50. Menos que isso, o produtor não vai plantar milho, diz Macel Caixeta, presidente da Confederação Nacional de Grãos.
Outra preocupação é com os juros. Os produtores reivindicavam que a taxa fosse reduzida para 5,75% ao ano, mas neste novo plano de safra os juros foram mantidos em 8,75% ao ano na maioria dos financiamentos.
Para quem já trabalhou com juros reais de 40%, trabalhar com 8,75% é quase um milagre, mas os nossos concorrentes vão trabalhar com 4% e nós temos que produzir mais que eles e mais barato, lembra Antônio de Salvo, presidente da CNA.
O governo liberou também recursos para comercialização e estocagem de suínos, frutas, camarão, leite e derivados.
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