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Lavouras

Plantio do milho no RS chega a cerca de 80% da área estimada

Na regional de Bagé, a sequência de dias sem chuvas, neste período indicado como preferencial pela pesquisa, fez com que a semeadura da soja evoluísse em toda região.

Plantio do milho no RS chega a cerca de 80% da área estimada

Com uma projeção de aproximadamente 835 mil hectares de cultivo de milho no Estado, os produtores seguem com o plantio da cultura, que chega a 79% das lavouras semeadas. De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (04) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), desse total, 1% entrou na fase de enchimento de grãos, outros 12% estão em floração e 87% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Na regional de Bagé, a sequência de dias sem chuvas, neste período indicado como preferencial pela pesquisa, fez com que a semeadura da soja evoluísse em toda região. Na Fronteira Oeste, alguns municípios já superaram os 70% implantados da área estimada. Em São Borja, à medida que lavouras de trigo foram colhidas, para semear soja os produtores realizaram a dessecação das plantas indesejáveis. Na Campanha, o percentual de plantio é estimado entre 10% e 15%. Essa semeadura foi realizada em solos onde os níveis de umidade eram satisfatórios para a germinação das sementes, especialmente nas áreas com bom volume de palha de culturas de cobertura dessecadas com antecedência de pelo menos vinte dias. Em áreas com preparo do solo convencional se observou a perda de umidade da camada superficial devido a maior exposição aos efeitos do vento e das altas temperaturas.
 
Os trabalhos de preparo do solo avançaram rapidamente, já que para alguns produtores só restou esta atividade, pois ainda não receberam sementes e fertilizantes. As operações de dessecação para plantio direto estão restritas a algumas horas do dia devido aos ventos fortes constantes. Ainda é considerável a boa procura e baixa oferta de insumos como glifosato e sementes certificadas para lavouras definidas nas últimas semanas. As opções de fertilizantes formulados também são bastante limitadas e continuam sofrendo aumento expressivo de valor.

Em mais uma semana caracterizada por predomínio de tempo firme, ótima radiação solar e temperaturas características de primavera, noites e manhãs amenas e elevadas ao longo do dia e também umidade relativa do ar na média baixa, a colheita do trigo avançou para 48% das lavouras do Estado. Outros 40% estão em maturação e 12% em enchimento de grãos.

OLERÍCOLAS

Na região de Ijuí, as olerícolas seguem com bom desenvolvimento; é boa a produtividade nas áreas em colheita. Período sem chuvas, com boa umidade no solo e alta luminosidade contribuíram para o desenvolvimento das plantas. Lavouras cultivadas a campo apresentam leves sintomas de estresse devido as altas temperaturas no período da tarde, exigindo maior aporte de irrigação. Aumentou áreas de pepino em produção, mas ainda com volume ofertado baixo. Aumento de incidência de míldio nas plantas. Em Panambi, produtores de alface enfrentam intenso ataque de tripes na cultura, encontrando dificuldades no controle. Cultura da mandioca segue com mortes de plantas ocasionadas pelo ataque de bacteriose.
 
 FRUTÍCOLAS

Na região de Santa Rosa, as chuvas ocorridas em outubro por um lado prejudicaram um pouco as frutíferas em floração com a queda de flor, mas em boa parte dos pomares as flores estão sendo repostas. Mas a boa umidade do solo vem proporcionando uma vigorosa brotação e boa frutificação das frutíferas que já estão nessa fase de crescimento, como a videira. Lavouras de melancia e melão com plantio no cedo já começam a florescer, sendo que os dias ensolarados e secos dos últimos dias têm contribuído para o bom aspecto das plantas. Manga em plena frutificação. Variedades precoces de pêssego e ameixa estão em início de maturação e colheita; frutos de boa qualidade; boas vendas. Maçã em frutificação, com excelente carga de frutos, boa sanidade e desenvolvimento, nos próximos dias já haverá frutos para colheita. No geral, os produtores de frutíferas da região realizam tratamentos fitossanitários nas folhas e brotações para controle de doenças fúngicas como antracnose, míldio e manchas foliares, bem como os para evitar o ataque de pragas, em especial traça-das-frutíferas.