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Preço do milho volta a subir após três meses de quedas

Já os preços brasileiros de soja recuaram ligeiramente nos últimos dias, pressionados pela queda nos prêmios de exportação no País

Preço do milho volta a subir após três meses de quedas

Após recuarem por quase três meses consecutivos, os preços do milho subiram nos últimos dias em algumas praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com o órgão, o impulso vem da retração de vendedores, sobretudo em regiões consumidoras, como São Paulo e Santa Catarina.

Segundo colaboradores do Cepea, produtores se afastaram do mercado, na expectativa de preços maiores nas próximas semanas, período de entressafra nacional. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 5% entre 1º e 9 de novembro, fechando a R$ 35,98/saca de 60 kg na sexta-feira, 9.

Nas praças ofertantes, as cotações do milho seguiram em queda, influenciadas pelo clima favorável e pelo bom desenvolvimento da safra verão, cenário que mantém a perspectiva de oferta elevada para os próximos meses. Além disso, produtores dessas regiões ainda têm grandes estoques e tentam liberar espaços nos armazéns. Em Passo Fundo (RS), os preços caíram 4,7%, a R$ 36,32/sc no dia 9.

Já os preços brasileiros de soja recuaram ligeiramente nos últimos dias, pressionados pela queda nos prêmios de exportação no País, que passaram de US$ 2,60/bushel para o vendedor no dia 31 de outubro para 2,05/bushel na quinta-feira, 8 de novembro, em Paranaguá (PR).

Além do enfraquecimento da demanda externa, o recuo dos prêmios se deve à alta na CME Group (Bolsa de Chicago), que, por sua vez, foi influenciada pelo clima desfavorável à colheita nos Estados Unidos e pelas expectativas de acordo comercial entre Estados Unidos e China.

Segundo pesquisadores do Cepea, o que preocupa sojicultores brasileiros é que, se esse acordo se confirmar e, ao mesmo tempo, a demanda chinesa pelo produto nacional diminuir, as exportações brasileiras devem recuar.

No dia 8, o USDA indicou que a China deve importar apenas 90 milhões de toneladas de soja na temporada 2018/19, o menor volume desde a safra 2015/16. Quanto aos preços no Brasil, entre 1º e 9 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou 0,6%, a R$ 85,28/saca de 60 kg na sexta-feira, 9. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou queda de 0,5%, a R$ 79,43/sc de 60 kg no dia 9.