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Varejo

Preços do frango e do ovo tiveram queda no ano, aponta índice supermercadista

Levantamento da Abras aponta que setor supermercadista registrou crescimento de 3,47% no primeiro semestre

Preços do frango e do ovo tiveram queda no ano, aponta índice supermercadista

O primeiro semestre foi positivo para o setor supermercadista, que registrou crescimento real (deflacionado pelo IPCA/IBGE) de 3,47%, de janeiro a junho, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade. O resultado foi o melhor para o semestre dos últimos 8 anos. No mês de junho, os supermercados apresentaram alta de 2,78% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com maio de 2020 houve queda real de -4,82% nas vendas. 

Em junho, o Índice Abrasmercado registrou alta de 1,46% na comparação com maio, passando de R$ 534,48 para R$ 542,27.  No acumulado dos 12 meses (junho2019/junho2020), o valor da cesta subiu 11,33%. As maiores quedas nos preços foram registradas nos produtos: tomate, -17,02%, frango congelado, -3,04%, extrato de tomate, -2,63%, cebola, -2,39%, e ovo -2,34%. As maiores altas foram nos itens: queijo muçarela, 10,93%, feijão, 9,44%, carne dianteiro (acém, cupim, paleta, músculo, entre outras.), 5,12%, queijo prata, 5,03%, e arroz, 4,01%.

Custos

“O resultado do semestre foi influenciado por muitos fatores. Nos dois primeiros meses do ano tivemos números bem positivos e fevereiro contou com um dia a mais, por ser ano bissexto. Em março, veio a pandemia, e com o isolamento social o consumidor priorizou as compras de abastecimento, aumentou o tíquete médio para evitar as idas aos supermercados, e isso se estendeu para os meses de abril e maio, impulsionado também pelas antecipações de feriados. A partir de junho esse movimento começou a se normalizar. Também tivemos os reflexos do aumento de crédito no país, que impacta diretamente no poder de compra da população, com o auxílio emergencial, liberação do FGTS, antecipação da primeira parcela do 13ª dos aposentados, entre outros”, declara Sanzovo.

“Em relação ao resultado do mês de junho na comparação com maio, a queda já era esperada. Algumas cidades começaram a entrar na fase amarela da pandemia, e o consumidor tem normalizado suas compras, deixando de estocar, e indo mais vezes aos supermercados. Além disso, no Estado de São Paulo, que tem grande impacto nas vendas do país, o feriado de Corpus Christi foi antecipado para maio”, ressalta.

Embora otimista, o presidente vê com cautela os próximos meses. “Ao contrário de São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, em muitas localidades do país a pandemia chegou com mais força em julho, e o setor também tem sofrido com restrições no horário de funcionamento em muitas cidades. E o fim do auxílio emergencial, previsto para setembro, terá um impacto importante no crédito.”

A meta inicial da Abras, divulgada em fevereiro, é de 3,9% de crescimento em 2020. Como acontece anualmente, a entidade nacional está avaliando se fará uma revisão na projeção do ano ou se manterá a estimativa.