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Prevenção

<p>Sul será priorizado pelo governo para evitar pandemia de gripe aviária.</p>

Redação AI 09/12/2005 – O Rio Grande do Sul está entre os três Estados do país que receberão atenção redobrada do Ministério da Saúde para impedir a transmissão da gripe aviária em humanos. Ainda neste mês começa chegar ao Estado parte das 91 milhões de doses (9,130 milhões de caixas) do antiviral Tamiflu, que serão distribuídas em todo o Brasil. A quantia de caixas do medicamento, considerado o mais eficaz no tratamento da gripe aviária em humanos, ainda não foi definida para o Estado.

Os medicamentos serão distribuídos proporcionalmente ao tamanho da população explicou o secretário de Vigilância em Saúde do governo, Jarbas Barbosa.

Ele disse que a prioridade ao Sul do país se deve ao inverno da região, que costuma ser mais rigoroso, facilitando a rápida disseminação de vírus ou outras epidemias.

Caso a doença não chegue ao Rio Grande do Sul, o mesmo medicamento será utilizado pela rede pública de saúde para tratar outras viroses.

Apesar dessa compra dar mais segurança à população não há motivo para alardes nem para a redução do consumo de proteína do frango disse o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, onde discutiu o assunto.

Os técnicos do Ministério afirmam também que a estratégia de fazer a prevenção no Estado explica-se pelo Sul concentrar também 80% da produção nacional de aves, responsável por exportar mais de US$ 3,4 bilhões por ano.

Apesar do reforço, o governo teme que os municípios estejam desarticulados das ações do governo federal.

Não adianta ter um bom plano nacionalmente se não tiver raízes municipais explicou o ministro.

Atualmente o Rio Grande do Sul está entre os poucos Estados (Santa Catarina, Pernambuco e São Paulo) que iniciaram planos de prevenção estaduais.

Desde 2003, quando ocorrências de morte pela gripe das aves começaram a surgir na Ásia, causada pelo vírus H5N1, muitos consumidores passaram a estocar o Tamiflu, único medicamento capaz de bloquear uma contaminação. Temendo uma escassez de medicamentos e estoques desnecessários, o medicamento foi retirado das farmácias, inclusive do Brasil, para atender apenas aos governos.