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Economia

Produção agroindustrial dispara, aponta FGV Agro

Indicador calculado pelo centro subiu 16,7% em abril ante o mesmo mês do ano passado

Produção agroindustrial dispara, aponta FGV Agro

Depois de reagir em março, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) disparou em abril – e a tendência é de novos avanços interanuais expressivos nos próximos meses, uma vez que as bases de comparação continuarão sendo baixas em virtude dos reflexos negativos do começo da pandemia em 2020.

Segundo o FGV Agro, o indicador subiu 16,7% em abril, puxado pelo bom desempenho do grupo de produtos não-alimentícios, que avançou 37,1% No segmento de produtos alimentícios e bebidas houve crescimento modesto, de 1,6%. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Entre os não-alimentícios, o destaque foram as recuperações registradas nas áreas de borracha (aumento de 132,5% em relação a abril de 2020) e têxteis (117,4%). Também houve variações positivas nos ramos de fumo (38,5%) e insumos (29%), mas no caso dos biocombustíveis foi mais um mês de queda (20,3%). No grupo de produtos alimentícios e bebidas, os primeiros tiveram retração de 9,1%, puxada pelos produtos de origem vegetal, e a produção de bebidas aumentou 88,2%.

“Os segmentos e setores que foram impactados fortemente pela pandemia em abril de 2020 são aqueles que, de modo geral, apresentaram crescimento expressivo no mesmo mês de 2021, como é o caso de produtos não-alimentícios e bebidas. Alternativamente, aqueles que foram menos atingidos no início da pandemia são os que agora registram contração, como é o caso de produtos alimentícios”, informou o FGV Agro.

Com as oscilações de abril, no primeiro quadrimestre o PIMAgro acumulou alta de 7,2%, garantida pela área de produtos não-alimentícios, que teve incremento de 17,2%. Alimentos e bebidas ainda apresentaram contração de 1,4% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.