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Relatório

Produção brasileira de frango cresceu 3% no primeiro semestre, aponta Rabobank

Para o banco a melhoria sazonal da demanda no segundo semestre deve aumentar a produção no meio do terceiro trimestre

Produção brasileira de frango cresceu 3% no primeiro semestre, aponta Rabobank

De acordo com análise do banco Rabobank, depois que os preços de frango no atacado atingiram níveis históricos no final de 2019, o ano começou com um aumento na produção devido ao aumento das margens. No entanto, a queda significativa no consumo interno, principalmente no setor de alimentos, aliada à crescente valorização dos custos com alimentos, levou à redução da produção nos meses seguintes.

O setor de serviços alimentícios teve uma leve recuperação de 1,5% nas últimas duas semanas, à medida que as ações de isolamento diminuíram em algumas regiões, mas ainda diminui acentuadamente no consumo acumulado (-61% no acumulado do ano), enquanto o varejo de alimentos registrou recentemente um aumento de 16% no período de 1º de março a 6 de junho.

Depois de uma queda acentuada nos preços de varejo de 13% em abril, devido ao aumento da produção juntamente com uma queda no consumo interno, os preços subiram novamente no final de maio e em 9 de junho foram 2% superiores ao mês anterior.Para o banco este é o resultado de um maior equilíbrio entre oferta e demanda. Os preços do frango vivo, que também registraram forte queda mensal de 10% em abril, recuperaram 3% em maio. A média parcial desse mês é 15% superior à do mês anterior.

A produção no primeiro trimestre de 2020 aumentou 3% em relação ao ano anterior, de acordo com dados parciais, mas o setor reduziu o ritmo nos meses seguintes, devido à queda no consumo doméstico. Os analistas acreditam que a melhora sazonal da demanda no segundo semestre aumente a produção no meio do terceiro trimestre.

Os preços futuros do milho indicam quedas no curto prazo, com a colheita da segunda safra se aproximando, o que representa 70% a 75% da produção. Esse aumento na oferta pressionará os preços dos alimentos para animais, que estão, em média, 31% mais caros em maio do ano anterior.