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Produção de carne de frango cresce em 2021 mesmo frente a adversidades

De acordo com o relatório anual divulgado pela ABPA mesmo diante dos aumentos dos custos de produção e também do cenário da pandemia da Covid-19 foram produzidas 14,329 milhões de toneladas

Produção de carne de frango cresce em 2021 mesmo frente a adversidades

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), lançou ontem (03/05) o Relatório Anual 2022. De acordo com a publicação mesmo enfrentando adversidades ao longo de 2021 produção e exportação da carne de frango cresceram.

Fonte: ABPAEm 2021 foram produzidas 14,329 milhões de toneladas de carne de frango, deste total 67,83% foi destinado ao mercado interno e 32,17% destinado a exportações atendendo 150 países. O VBP do frango registrado no ano passado foi de 108,26 bilhões, o maior dos últimos dez anos.

Nas exportações o Brasil se mantém como maior exportador. No ano passado foram embarcadas 4,610 milhões de toneladas representando um montante de US$ 7,6 bilhões (FOB). O Paraná foi o responsável por 40,38% das exportações de carne de frango, sendo o maior estado exportador. Na sequência temos Santa Catarina com 22,95% dos embarques e Rio Grande do Sul com 15,79%, consolidando a Região Sul do país como a maior exportadora da proteína.

Principais destinos da carne de frango em 2021

O relatório anual 2022 traz o ranking dos principais destinos da carne de frango brasileira. O primeiro lugar continua sendo ocupado pela China que recebeu 14,33% de toda carne de frango exportada. Em comparação com o ano de 2020 houve redução de 4,86% no total comprado pela China passando de 673.215 para 640.470 toneladas.

Em segundo lugar temos o Japão sendo responsável por 10,04% das compras da proteína brasileira. Os embarques para o país cresceram 9,35% comparados com 2020.

Ocupando o terceiro lugar temos os Emirados Árabes que registrou um aumento de 28,54% nas importações de carne de frango brasileira em relação a 2020. O país foi responsável por 8,71% do volume exportado pelo Brasil em 2021.

2021: o ano da resiliência

Para a Associação o ano de 2021 foi um período desafiador para o setor. Por isso o denominaram “o ano da resiliência”. Em seu relatório a ABPA conta que já abalados pela crise econômica mundial que se iniciou em 2020 com a chegada da pandemia, avicultores e suinocultores em todo o território nacional, assim com as agroindústrias, não mediram esforços para manter suas atividades em funcionamento.

O relatório afirma que em um quadro econômico delicado, os produtores não apenas tiveram que se ajustar ao novo cenário pandêmico, mas também se depararam com altas históricas dos insumos, afetando gravemente seus custos de produção e sua capacidade competitiva.

Os dados mostram que em média, desde 2015 até 2021, o preço da soja aumentou em mais de 140%. O milho, por sua vez, apresentou incremento ainda mais expressivo, ultrapassando 200%. Outro ponto que pesou para os produtores foram os aumentos dos custos de embalagens rígidas e flexíveis e dos combustíveis.

A publicação também afirma que, cercado às incertezas que afetam a produção nacional, o setor de exportação também foi posto à prova. Inicialmente, ainda durante o período crítico da pandemia, o ritmo do comércio global decaiu. Em seguida, com a posterior e gradual retomada dos negócios pós lockdowns, a reabertura das economias globais gerou um desequilíbrio sem precedentes entre oferta e demanda de contêineres no mundo. Navios de carga foram redirecionados para rotas mais demandadas – as quais não incluem o Brasil – e tal descompasso trouxe como consequência o aumento vertiginoso dos fretes marítimos, que mais que triplicaram ao longo deste período.

“Entretanto, mesmo com tamanha adversidade, nossos produtores, carregando a bandeira da segurança alimentar, perseveraram em seu nobre compromisso de alimentar o Brasil e o mundo”, destaca trecho da publicação.