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Recordes

Exportadores de carnes de frango e suínos atingem recorde de vendas em 2002.

Da Redação 16/01/2003 – O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, recebeu hoje (16/01) dos exportadores de frangos e suínos um balanço do desempenho dos dois setores em 2002. O presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (ABEF), Nildemar Secches, disse que o País atingiu exportação recorde de 1,6 milhão de toneladas de carne de frango, representando receita de US$ 1,4 bilhão. Atingimos no ano passado a marca de 100 países importadores e o Brasil detém hoje 31% do consumo mundial, acrescentou.

Secches disse que o setor espera o resultado das negociações iniciadas pelo governo brasileiro para abertura dos mercados da China e do Canadá, que são os principais alvos dos exportadores para 2003. Discutimos com o ministro Roberto Rodrigues um cronograma de trabalho visando a conquista desses dois mercados. Mas países como Filipinas, Indonésia, Coréia e México também podem ser potenciais compradores.

Suínos – A indústria de suínos também apresentou resultados positivos das exportações em 2002. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Benur Bohrer, o setor aumentou em 80% as exportações, atingindo 475 mil toneladas e US$ 481 milhões. O faturamento do setor cresceu 34% em relação ao ano anterior. Cerca de 80% das vendas externas foram para o mercado russo, com embarque de 377 mil toneladas.

A expectativa para 2003 também é ampliar mercado, com a conquista dos países europeus. Como vantagem competitiva, Bohrer cita o melhor sabor da carne suína brasileira, em comparação com a norte-americana. Mas o Brasil ainda precisa implementar algumas ações voltadas para a questão sanitária, de forma a mostrar a qualidade do nosso produto, afirmou.

O presidente da Abipecs disse ainda que está negociando com entidades ligadas ao setor o lançamento de uma campanha de promoção para incentivo do consumo de carne suína no mercado interno. Hoje, o consumo per capita/ano é de 13kg, enquanto na Dinamarca, por exemplo, chega a 76kg. Podemos divulgar o resultado de estudos científicos internacionais mostrando que os valores nutricionais e teores de gordura da carne suína são semelhantes aos da carne bovina e de frango, acrescentou.

Pedro Bohrer ressaltou que, assim como a carne de frango, grande volume da carne suína brasileira obedece aos critérios do sistema de produção integrada. A indústria acompanha o trabalho de toda a cadeia produtiva, desde a genética do animal até o controle de meio ambiente, garantindo a qualidade do produto oferecido ao consumidor.

O representante da Abipecs disse também que aguarda a reabertura das exportações de carne suína de Santa Catarina para a Rússia, suspensas desde 23 de dezembro por causa da ocorrência da doença de Aujescky. Ele disse que amanhã (17/01), a vigilância sanitária de Santa Catarina terá eliminado 100% dos animais atingidos, o que deverá facilitar as negociações.