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Redução de 11% na oferta estimula preços do frango no Sul

A decisão dos criadores e abatedouros do Sul de reduzir a oferta de frangos já começa a apresentar resultados.

Redação AI 14/08/2002 – A decisão dos criadores e abatedouros do Sul de reduzir em 11% a oferta de frangos já começa a dar resultados em duas frentes: o preço da carne no atacado subiu e houve uma redução do preço dos pintos de corte. A região responde por 70% da produção nacional que, neste ano, poderá superar as 7 milhões de toneladas de carne. A medida foi tomada há 15 dias.

No Paraná, o preço do quilo de frango no atacado subiu mais de 30% em uma semana, de R$ 1,2 para algo entre R$ 1,55 e R$ 1,6. No Rio Grande do Sul, que possuía preços melhores no atacado, o acréscimo foi menor, de 10%. O preço subiu de R$ 1,45 para R$ 1,6.

A subida ainda não satisfaz os produtores, que afirmam que os preços só cobrem os custos de produção. “Depois de quatro meses no vermelho, apenas chegamos ao azul, mas precisamos repor perdas”, diz Evaldo Ulinski, vice-presidente da Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná-Avipar.

Segundo as associações de produtores da região, a alta no atacado não deverá ser repassada ao consumidor. Isso porque as redes varejistas deverão reduzir suas margens de lucro. “Elas podem fazer isso porque compravam o frango a R$ 1,2 e vendiam a R$ 1,9”, afirma Ulinski.

A produção de pintos de corte – outro elo da cadeia produtiva – também já foi obrigada a ceder à pressão de criadores e frigoríficos. O preço do filhote caiu quase 40% no Paraná, de R$ 0,44 para R$ 0,27, e mais de 30% no Rio Grande do Sul, de R$ 0,34 para R$ 0,22.

Aumento nas exportações

Além da redução de alojamentos de pintos e matrizes, uma pequena elevação das exportações em julho contribuiu para o aumento no mercado interno. O Brasil embarcou 139 mil toneladas em julho, 45 mil toneladas a mais que em junho.

No primeiro semestre, as exportações somaram 613 mil toneladas, superando as 590 mil do mesmo período de 2001. Mas o volume ficou abaixo da expectativa. O excesso de frango atingiu 89 mil toneladas por mês no primeiro semestre. A produção nacional cresceu quase 17%, atingindo 3,6 milhões de toneladas.