Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Reunião da UBA discute condição sanitária do plantel brasileiro

Conheça a atual condição sanitária do plantel brasileiro para algumas doenças de risco para a avicultura nacional.

Redação AI 22/06/01 14:00 – A intensificação da produção da avicultura moderna aliada a situação mundial da avicultura brasileira, entre outros fatores, a tornam suscetível a surtos de doenças que podem gerar grandes perdas econômicas. Vice presidente técnico científico da UBA, Ariel Antonio Mendes, falou sobre as atuais condições sanitárias do plantel brasileiro para algumas doenças de alto risco para a avicultura nacional. O assunto foi tema de recente reunião da entidade realizada durante a Conferência Apinco 2001.

Doença de Gumboro

A Doença de Gumboro configura-se com um problema para o Brasil, não apenas para o setor de frangos de corte como também para o de poedeiras. “A situação é bastante grave e está trazendo prejuízos para a produção. Mas o fator mais preocupante é que ainda existe muita desinformação entre os produtores no que diz respeito a como enfrentar esse problema”, afirma Mendes

Influenza Aviária

Doença exótica em território nacional, o Brasil hoje é internacionalmente considerado como livre de Influenza Aviária. Entretanto, por pertencer ao grupo A da lista de enfermidades da Organização Internacional de Epizootias (OIE), é motivo de grande preocupação e atenção da UBA e de todo o setor avícola, uma vez que o registro de um surto da doença tiraria automaticamente do país sua condição de exportador. Como medida de segurança, a UBA (através do Ministério da Agricultura) redobrou os cuidados com a importação do material genético e de aves alternativas (patos, avestruzes, marreco, ganso etc.), entre outras medidas.

Salmoneloses

A salmonela é hoje uma enfermidade mais incidente no setor de corte do que no de postura. Atualmente a tecnologia disponível ainda não permite a produção de frangos totalmente livres de salmonela. O Brasil tem adotado práticas efetivas de manejo visando diminuir a incidência da enfermidade nas granjas e abatedouros. A UBA está pleiteando junto ao Ministério da Agricultura a liberação de uma vacina contra salmonela enteritidis para matrizes pesadas. “A vacina é uma importante ferramenta no controle da salmonela e se sua utilização for realmente autorizada vai ajudar bastante. Ela já foi utilizada experimentalmente e os índices de salmonela acabam diminuindo bastante”, diz Mendes.

Micoplasmoses

Atualmente dois tipos de mycoplasmas preocupam a avicultura brasileira: mycoplasma gallisepticum e o synoviae. O índice de contaminação do plantel nacional por mycoplasma galicepticum é praticamente inexistente. Já no caso do mycoplasma synoviae a situação é um pouco mais complicada. Cerca de 50% do plantel de matrizes possui a enfermidade. “Apesar de ser um problema, o mycoplasma synoviae não causa tantos danos à produção da matriz e do próprio frango. Então não é tão preocupante como outras doenças”, afirma Mendes. A UBA está solicitando junto ao MAA a modificação da instrução normativa de número 22 (que trata da certificação de matrizes livres de mycoplasma) e a autorização para a utilização de vacinas.

Copyrigth 2001, Gessulli Agribusiness – Avicultura Industrial. Reprodução permita apenas mediante citação da fonte e link para esta página. Todos os direitos reservados. All rights reserved.