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Setor investiu US$ 250 milhões, nos últimos anos

Marcos Haaland, da Mogiana Alimentos, toma posse do Sindirações e garante posicionar o mercado sobre assuntos polêmicos como uso de transgênicos e normas de segurança alimentar.

Da Redação 24/09/01 – Dados do ano passado indicam que a indústria de alimentação animal respondeu por US$ 6,6 bilhões em negócios, gerando 62.000 empregos diretos e indiretos para o País. Nos últimos anos foram investidos mais de US$ 250 milhões em novas instalações e ampliações. O setor abriga também centenas de pesquisas – acadêmicas e privadas – introduzindo tecnologia de ponta à cadeia produtiva da carne, leite e ovos, e ao segmento de animais de estimação, com oferta cada vez maior de produtos de alta qualidade.

Este foi o cenário desenhado por Marcos Haaland, presidente eleito do Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal), durante sua posse para o triênio 2001/2004, em solenidade realizada no último dia 17/09, no Salão Promocional da Fiesp, em São Paulo (SP). O evento, que reuniu mais de 80 empresários e executivos do setor de alimentação animal, teve apoio de Horácio Lafer Piva, presidente da Fiesp, dirigente que apóia as mudanças estruturais propostas pela nova diretoria do Sindirações.

Segundo Haaland, “estas são razões suficientes para que o Sindirações e entidades parceiras como­ Anfal e Asbram ­ venham assumir posição de destaque no setor agroindustrial e iniciem um processo de interação ainda maior com instituições direta ou indiretamente ligadas ao complexo agricultura-pecuária”. A alteração estatutária, da qual Haaland participou ativamente, dará maior representatividade e melhor posicionamento ao setor de alimentação animal no cenário político-institucional e econômico do País.

Vigorando a partir da gestão 2001/2004, o novo estatuto incluiu mudanças significativas, democratizando as decisões. A principal delas, foi a criação do Conselho de Administração – formado por 15 membros – que garante a participação igualitária de todos os segmentos envolvidos na indústria da alimentação animal: fabricantes de rações comerciais; empresas de premix; indústrias de alimentos para animais de estimação; fabricantes de suplementos minerais; e empresas de insumos e suprimentos (fornecedores do setor).

“É uma integração inovadora, onde os fornecedores de matérias-primas do nosso setor podem participar e propor ações administrativas e institucionais”, lembrou Haaland, presidente da Mogiana Alimentos, de Campinas (SP). “Foram criadas Diretorias Setoriais, identificadas com cada um destes elos da cadeia produtiva de alimentação animal. Assim, o Sindirações poderá tomar iniciativas, tanto de interesses comuns, quanto das causas específicas de cada setor”.

Parte dos compromissos assumidos pela nova diretoria é posicionar o mercado sobre assuntos importantes, tais como normas de segurança alimentar e uso de organismos genéticamente modificados. Para isso, pretende complementar os trabalhos científicos já realizados, como o Compêndio Brasileiro, e desenvolver um manual BPF ­ Boas Práticas de Fabricação para orientar o setor. “Vamos empreender uma cruzada junto a outras entidades e integrar efetivamente o Sindirações com organismos internacionais”, completa Haaland.

O Sindirações, fundado há mais de 44 anos, organizou-se inicialmente como Sindicato da Indústria de Rações Balanceadas. A partir de 1996, sua Carta  Sindical foi ampliada para “Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal”. Esta nova dimensão da entidade facultou-lhe ser um  órgão de âmbito nacional representativo de todos os segmentos ligados à nutrição animal – rações, suplementos, ingredientes, matérias-primas, etc.

Neste sentido, cumprindo suas funções de entidade patronal, o Sindirações  atua em defesa da categoria econômica, em todos os níveis, nas questões trabalhistas, coordenando e firmando acordos e convenções coletivas de trabalhos; na área técnica, atuando principalmente junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nas questões relativas a registro de produtos, licenças de importações, legislação, etc; na área tributária, acompanhando ou sugerindo modificações que interessem ou beneficiem a categoria econômica, principalmente no que diz respeito ao ICMS e atualmente no âmbito do Mercosul.

O Sindirações representa o setor privado na área de alimentação animal, assessorando os órgãos governamentais nos assuntos relativos a tarifas, regulamentos etc, além de promover o intercâmbio e o contato entre empresas interessadas nesse mercado.

Como serviços  aos associados são produzidas estatísticas de produção e destinação de rações, levantamento e acompanhamento de preços de matérias-primas e ingredientes para rações e Compêndio Brasileiro de Alimentação Animal (contendo Guia de Legislação, Guia de Matérias-Primas, Guia de Métodos Analíticos e Guia de Microingredientes).