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Setor produtivo pede liberação de milho dos EUA para reduzir preço e ampliar sua disponibilidade no país

A importação depende de liberação da CTNBio, já que variedades americanas não estão ainda autorizadas no país. Em live, vice-presidente do Sindiavipar indicou ainda nesta semana uma audiência com o presidente para mostrar as dificuldades vividas pelo setor

Setor produtivo pede liberação de milho dos EUA para reduzir preço e ampliar sua disponibilidade no país

José Antonio Ribas JuniorO setor produtivo de proteína animal quer destravar os empecilhos para a importação de milho dos Estados Unidos. A medida – solicitado com urgência junto ao governo federal – visaria minimizar os impactos causados pela alta do cereal e do farelo de soja sobre os custos das rações animais.

Em live transmitida nesta manhã (18/05) o vice-presidente do Sindiavipar, José Antonio Ribas Junior, também diretor Corporativo da Seara Alimentos, a liberação é fundamental para amenizar os preços internos do milho e ampliar a disponibilidade do cereal para os setores de proteína animal. “É fundamental que desembarque navios nos portos brasileiros com milho americano; primeiro, porque ele chegará mais barato o que o nosso milho e, segundo, irá equilibrar a disparidade do grão”, comentou Ribas Junior.

Nesta manhã, representantes do setor produtivo de aves estiveram reunidos em videoconferência com o presidente do Senado Rodrigo Pacheco. O objetivo foi apresentar as dificuldades enfrentadas pela cadeia produtiva de proteína animal. A expectativa, segundo Ribas Junior, é uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro até amanhã (19/05) e que no mais tardar na quinta-feira soluções efetivas para a importação de milho americano estejam acordadas. “Queremos uma audiência com o presidente no mais tardar até amanhã para que ele ouça o setor e para que até quinta-feira a gente tire isso da frente”, indicou Ribas Junior durante a live.

Dentro deste cronograma indicado pelo setor produtivo, com a solução dos entraves à importação de milho, nos próximos 45 dias já devem haver navios com milho americano desembarcando em portos brasileiros. Segundo o vice-presidente do Sindiavipar, toda a parte burocrática para o início destas importações está concluída. O que ocorre é uma trava técnica, motivada pelo cultivo de algumas variedades de milho transgênicos ainda não permitidas no Brasil. “Não estamos comprando milho para plantar no Brasil, o que poderia criar uma “contaminação” nas lavouras; nós estamos comprando milho que irá desembarcar no porto, vai para um silo e do silo virá ração; é exclusivamente para isso”, explica Ribas Junior.

A autorização para a importação destas variedades de milho está sob análise da CTNBio. O executivo ressalta que essa decisão precisa ser urgente. “Se o Brasil não tomar providências urgentes, ele vai passar por um processo de desindustrialização. Vamos virar vendedores de grãos para o mundo, abastecendo os nossos concorrentes, quando deveríamos estar abastecendo as nossas indústrias aqui, que geram emprego no Brasil e geram renda no país”, alerta Ribas Junior.

 

NÃO É SÓ OS GRÃOS QUE ESTÃO CAROS

Os custos de produção das proteínas animais cresceram enormemente nestes últimos meses, com impacto direto sobre o preço das carnes no mercado interno. O principal responsável pela alta é a elevação nos preços de milho e farelo de soja. Há um ano a saca de milho era comercializada por cerca de R$ 35, atualmente o está em algo próximo a R$ 100. No caso do farelo de soja, no mesmo comparativo, o preço da tonelada saltou de R$ 1.600 para R$ 2.700.

No entanto, outros custos tem pesado dentro dos sistemas de produção animal. A alta dos combustíveis, elevando não só transporte de rações, mas também o de animais e dos produtos para o varejo; o aumento das taxas de energia elétrica, que deve fechar 2021 com valores 100% superiores aos do início de 2020; e os valores de compra de embalagens; estão entre os itens de crescimento do custo e maior preços das carnes nas gôndolas dos supermercados. “Não somos a causa deste aumento, mas fatalmente seremos o veículo. Vai chegar este aumento e talvez até com o agravante do desemprego”, alerta o vice-presidente do Sindiavipar.

Diante deste cenário, o setor produtivo, além do pedido para a importação de milho americano, tem pede ao governo medidas para viabilizar e ampliar o cultivo de cereais de inverno, como triticale, trigo e cevada, os quais poderiam ser utilizados em alimentação animal. Também, a retirada de impostos (pis/cofins) dos fretes de transporte de grãos, beneficiando o escoamento destes insumos do Centro-Oeste para a região Sul, onde se concentra as criações de aves e suínos, principalmente. E ampliação de crédito para a ampliar e disponibilidade de grãos em todo o país.

Assista a live completa ou ouça a entrevista em nosso podcast com o vice-presidente do Sindiavipar, José Antonio Ribas Junior, acessando os links abaixo:

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