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Saúde Animal

Síndrome Ascítica em frangos

Diversas causas têm sido apontadas como responsáveis pelo aparecimento da Síndrome Ascítica. Desta forma, a condição patológica tem etiologia multifatorial, o que necessita de estudo cuidadoso dos diversos pontos no estabelecimento de metas para seu controle.

Síndrome Ascítica em frangos

Na avicultura intensiva é comum a manifestação de distúrbios metabólicos. As doenças metabólicas adquiridas são processos patológicos causados por falhas na resposta fisiológica de determinados órgãos ou sistemas, relacionados com o sistema de produção. Não existe um patógeno primário envolvido e, especialmente nas linhagens de rápido ganho de peso corporal, esses problemas ocorrem devido à pressão a que são submetidas certas atividades vitais das aves para que atinjam os altos índices de produção.

Dentre os distúrbios metabólicos também chamados de doenças da produção, destacam-se a síndrome ascítica (SA). Diversas causas têm sido apontadas como responsáveis pelo aparecimento da SA. Desta forma, a condição patológica tem etiologia multifatorial, o que necessita de estudo cuidadoso dos diversos pontos no estabelecimento de metas para seu controle.

PATOGÊNIA 

Um pintinho aumenta sua massa corporal quase sete vezes em oito semanas, tornando-se necessário aumento igual nas capacidades funcionais do coração e pulmões. O ventrículo esquerdo do coração bombeia o sangue oxigenado necessário para sustentar o metabolismo basal, as atividades físicas e o crescimento. O volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo a cada minuto, conhecido como o débito cardíaco, é em média de 200 mL por kg de peso corporal por minuto (Wideman, 1999). Uma extrapolação linear deste valor relativo indica que o débito cardíaco absoluto deve aumentar 100 vezes durante as oito semanas após o nascimento, indo de 8 mL/min para um pintinho de 40 g pós eclosão a cerca de 800 ml/min para um frango de 4 kg. A taxa a qual o sangue venoso retorna ao coração deve ser igual ao débito cardíaco, por isso, durante os dois primeiros meses após o nascimento os vasos sanguíneos e os pulmões de um frango de corte devem desenvolver a capacidade vascular e pulmonar para receber e oxigenar um aumento no retorno venoso de 100 vezes (Wideman, 2000; Wideman et al, 2007). As avaliações da hemodinâmica cardiopulmonar indicam que os pulmões de frangos de corte possuem capacidade limitada para empregar mecanismos compensatórios como os pulmões de mamíferos, os quais são capazes de acomodar facilmente o aumento do débito cardíaco pela dilatação das arteríolas pré-capilares e pela distensão vascular ou recrutamento prévio de canais vasculares subperfundidos. Ao invés disso, os pulmões de frangos preenchem rapidamente todos os vasos sanguíneos disponíveis parecendo ficar cheio de sangue, indicando que a vasculatura pulmonar possui apenas capacidade modesta de reserva (Wideman et al, 2007; Martinez-Lemus et al, 1999;.Wideman, 2000, 2001; Odom et al., 2004).

 

 

 

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