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Relações Internacionais

Sistema de defesa sanitária voltado à avicultura do RS é avaliado em missão norte-americana

Atualmente, os EUA não importam nem carne de frango e nem ovos produzidos no Brasil

Sistema de defesa sanitária voltado à avicultura do RS é avaliado em missão norte-americana

Membros do Serviço Veterinário Oficial dos Estados Unidos (APHIS/USDA) estiveram na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na terça-feira (2/8), para verificar o funcionamento e a estrutura do sistema de defesa e vigilância agropecuária voltado ao setor avícola do Rio Grande do Sul.

Atualmente, os EUA não importam nem carne de frango e nem ovos produzidos no Brasil. Após o encontro em Porto Alegre, a missão seguiu com visitas a granjas em Montenegro, Pareci Novo e São José do Sul. O grupo também esteve na Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os norte-americanos foram recepcionados pelo secretário adjunto da Agricultura, Rodrigo Rizzo, e pela equipe do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA).

A responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa), Ananda Paula Kowalski, apresentou as ações executadas pela defesa sanitária animal, alinhadas com as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Avícola, com enfoque na vigilância da doença de Newcastle em aves.

Ela lembra que, desde 2006, não há ocorrência desta enfermidade na avicultura brasileira. Outra condição que diferencia o status sanitário no país é a ausência de Influenza Aviária.

Atualmente, a atividade avícola está presente em 376 estabelecimentos, em 4.578 granjas de corte e em 291 granjas de postura comercial, no Rio Grande do Sul. Toda a movimentação animal é controlada pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) da secretaria, por meio da emissão das Guias de Trânsito Animal (GTAs). 

Na oportunidade, Ananda detalhou a estrutura do quadro pessoal da Seapdr e explicou ainda como ocorrem as vistorias e fiscalizações dos estabelecimentos e granjas, bem como a vigilância em sítios de aves migratórias – Parque Nacional da Lagoa do Peixe e Estação Ecológica do Taim – para evitar que eventuais casos de doenças em aves apareçam e se alastrem pelo Estado. 

A responsável pelo Pesa também destacou que, além do serviço oficial, o Rio Grande do Sul conta com comitês e grupos que reúnem entidades e o setor produtivo para debater, permanentemente, medidas para ampliar as estratégias de segurança dos rebanhos do Estado. “Temos como oferecer as garantias sanitárias do que produzimos e do que exportamos”, afirmou.

Presente na auditoria, o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, disse ser importante este contato com os norte-americanos por vislumbrar uma possibilidade de prospecção de mercado com os EUA, já que atualmente não há comércio de produtos avícolas com aquele país.

“Entendo que a visita ao Rio Grande do Sul demonstra um planejamento do governo norte-americano para abastecimento futuro, até porque a ocorrência da Influenza Aviária e de guerra em outras partes do mundo geram preocupação”, analisou. Além do RS, a missão norte-americana percorrerá outros seis outros estados brasileiros.