Redação AI 06/02/2003 – Cerca de 70 executivos e especialistas em avicultura do Brasil, América Latina, União Européia, Estados Unidos, África do Sul e Índia, entre outras regiões, participaram do café da manhã realizado pela Alltech em Atlanta (EUA), durante a 55a Exposição Internacional de Avicultura, o mais importante evento da indústria avícola no mundo, realizado entre 22 e 24 de janeiro.
O palestrante foi Osler Desouzart, diretor da Doux-Frangosul, profissional com amplo conhecimento da avicultura mundial e experiência internacional. Osler apresentou um panorama da avicultura brasileira nos últimos 30 anos, priorizando aspectos que, em conjunto, explicam o explosivo crescimento do segmento de corte. Internamente, saímos de um consumo per capita de 2,3 kg/hab/ano para 33 quilos por habitante. E saltamos de 0 para 20% no comércio internacional de produtos avícolas. É um desempenho fantástico, reconhecido inclusive pelos grandes competidores do mercado mundial, ressalta o diretor da Doux-Frangosul. No entanto, a impressão geral é que somos grandes porque temos mão-de-obra barata por aqui. Fiz questão de explicar em minha apresentação que temos mão-de-obra sim, mas abundante, competitiva e de qualidade, que se soma a uma série de fatores que, em conjunto, fazem da atividade esse gigante de mais de 7 milhões de toneladas de carne de frangos por ano.
A alimentação e a questão dos antibióticos promotores de crescimento foram temas levantados pelos participantes do evento da Alltech em Atlanta. Osler fez um amplo diagnóstico da nutrição das aves, mostrando que a alimentação é baseada em milho e farelo de soja e que o uso de aditivos naturais deve fazer parte da dieta dos lotes produzidos para exportação, especialmente para a União Européia. Quanto aos antibióticos, fui claro: a posição brasileira é pelo não uso dos promotores de crescimento banidos na EU, explica o diretor da Doux-Frangosul.
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O café da manhã com Osler Desouzart foi mais uma iniciativa da Alltech visando a troca de experiências, conhecimentos e informações entre produtores e técnicos do Brasil e do exterior. Esse contato é importante para mostrar a avicultura brasileira lá fora e comprovar que a atividade é forte e extremamente profissional, busca a qualidade e é bastante competitiva porque se ajusta às exigências dos seus clientes, explica Guilherme Minozzo, diretor da Alltech do Brasil.
