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Suspensão da UE à carne de frango brasileira causa indignação no setor

CNA manifesta indignação pela arbitrariedade da medida e cobra ações rápidas do governo brasileiro para minimizar os já enormes danos causados aos avicultores

Suspensão da UE à carne de frango brasileira causa indignação no setor

Frente à decisão tomada ontem pelo bloco europeu de embargar 20 plantas exportadoras de carne de frango brasileira, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil manifesta indignação pela arbitrariedade da medida e cobra ações rápidas do governo brasileiro para minimizar os já enormes danos causados aos avicultores.

O Brasil é o segundo maior produtor e o primeiro exportador mundial do produto, atividade que gera 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos para a economia, e que supre os lares de bilhões de consumidores em todo o planeta. O país é o único grande produtor global de aves que nunca reportou casos influenza aviária. Essa realidade demonstra a excelência dos controles sanitários aplicados pelos produtores brasileiros. Por outro lado, concorrentes, como a própria União Europeia e os Estados Unidos, enfrentam dificuldades para manter o mesmo padrão de sanidade animal. Devido à qualidade do produto, o país exporta para mais de 160 países. Sendo este o sexto principal produto da balança comercial nacional.

Com a suspensão, esse cenário está ameaçado. É preciso atuar em várias frentes para reduzir o impacto para as famílias envolvidas na cadeia de produção avícola. Em primeiro plano, o governo brasileiro precisa agir de forma enérgica para garantir uma comunicação eficiente a todos os demais parceiros comerciais, explicando os motivos discriminatórios da suspensão europeia e garantindo a qualidade dos produtos brasileiros.

Paralelamente, torna-se imperativo rever a relação bilateral com a União Europeia. Decisões arbitrárias como a em questão podem prejudicar a continuidade das negociações de um possível acordo de livre comércio com o bloco. Não há confiança num parceiro que cria normas sanitárias para disfarçar barreiras ao comércio. Já sabemos que a prática é comum na União Europeia e atinge diversos produtos brasileiros, como carne suína e laticínios. Essa posição diferenciada da União Europeia apenas com os produtos agropecuários do Brasil não pode continuar regendo o relacionamento comercial. Por isso, apoiamos a decisão de abrir contencioso  contra o Bloco europeu, que deverá responder mais uma vez por suas práticas discriminatórias perante a Organização Mundial do Comércio (OMC).

O produtor sabe que temos capacidade para vender carne de frango para qualquer mercado internacional. É imperativo neste momento que o resto do mundo também tenha essa certeza.