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Tecnologia

Tecnologia no campo: união da sustentabilidade e inovação

Existem diversos meios de tornar uma fazenda mais sustentável, desde o uso de embalagens que não agridem ao meio ambiente até a implementação de sistemas de energia renovável

Tecnologia no campo: união da sustentabilidade e inovação

Cada vez mais as companhias estão preocupadas com iniciativas para reduzir os impactos causados ao meio ambiente pelos processos de produção e nas empresas rurais não é diferente. Em outras matérias deste especial, já abordamos as inúmeras vantagens que a tecnologia proporciona ao agronegócio, como: aumento da produtividade e da qualidade e redução de custos. Mas, além desses, existe um benefício que as inovações tecnológicas podem levar não só para o campo, mas também para a população atual, para as novas gerações e, principalmente, para o meio ambiente: o desenvolvimento sustentável. Neste artigo, conheça algumas iniciativas que já acontecem nas fazendas para diminuir os impactos das atividades rurais à natureza.

Agricultura de precisão

A Agricultura de Precisão é uma forma de gerir a lavoura “metro a metro”, tratando de forma única cada pedaço da propriedade, técnica que já explicada em: “Agricultura de precisão: as vantagens da técnica que está ganhando espaço no campo”. Essa estratégia traz inúmeros benefícios ao meio ambiente, pois água, insumos, fertilizantes, defensivos e sementes serão aplicados de acordo com a necessidade do terreno. Ou seja, não há o desperdício de produtos químicos e as chances de degradação e contaminação do solo e até do lençol freático caem consideravelmente.

Embalagens sustentáveis

Cada vez mais o uso de embalagens que não agridem o meio ambiente tem sido uma pauta discutida nas empresas, é por isso que muitas estão optando por reduzir, reusar ou reciclar, principalmente, materiais que tem um longo tempo de decomposição. Diversas empresas já deixaram de usar isopor, por exemplo, um material que não é reciclável, e optaram por sacolas de papel ou papelão ao invés das plásticas. Essa preocupação existe não só em relação ao produto final, como também para os insumos usados durante o cultivo. Um exemplo são os fertilizantes e defensivos agrícolas que são embalados em plásticos que se dissolvem rapidamente quando entram em contato com a água.

Gestão hídrica

A água tende a se tornar um insumo cada vez mais escasso, devido a diminuição de nascentes potáveis e ao uso desenfreado. Sem ela, as lavouras não se desenvolvem pois é necessário fazer a irrigação do solo. Por isso, é fundamental que as propriedades rurais desenvolvam um sistema de gestão hídrica, seja através da Agricultura de Precisão ou outras tecnologias, para saber quando e onde é necessário irrigar ou implementando sistemas para reduzir o desperdício, como torneiras de acionamento automático, reaproveitamento de água para fins não potáveis, captação de água da chuva etc. Por meio da tecnologia, pode-se também fazer o monitoramento do clima para saber o melhor momento de plantar determinada cultura e diminuir a irrigação.

Fontes de energia elétrica sustentáveis

Hoje, no Brasil, a maior fonte de energia elétrica é a hidrelétrica que, apesar de ser tida como uma fonte renovável, utiliza grandes quantidades de recursos hídricos, um insumo que, como dito anteriormente, deve ser poupado e, por isso, pode vir a prejudicar o meio ambiente. Por esse motivo, muitas empresas investem em sistemas de produção de energia sustentáveis para suprir sua demanda de forma a não prejudicar o meio ambiente. Além da bioenergia, as placas de captação de energia fotovoltaica são muito utilizadas, pois usam os raios solares, uma fonte inesgotável e que não polui a natureza.

Sistemas integrados entre lavoura e pecuária

A pecuária bovina é vista como uma grande poluidora do meio ambiente, isso porque o gado produz um gás prejudicial ao efeito estufa em seu metabolismo: o metano. Quando há a Integração Lavoura-Pecuária (ILP), sistema em que as atividades agrícolas e pecuárias são unidas em uma mesma área no modelo de rotação ou sucessão, as árvores ajudam a neutralizar as emissões de metano, pois vão estocar outro gás obtido na produção agropecuária, o carbônico, compensando os efeitos negativos das emissões.