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Três municípios da região de Sorocaba se destacam no setor avícola

Capela do Alto, Porto Feliz e Araçoiaba da Serra são as cidades que lideram a avicultura entre 15 municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS)

Três municípios da região de Sorocaba se destacam no setor avícola

Capela do Alto, Porto Feliz e Araçoiaba da Serra são as cidades que lideram a avicultura entre 15 municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), segundo o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a pecuária municipal nos anos de 2014 e 2015. Segundo os dados do IBGE, os três municípios da RMS criaram no total 6.398.281 aves para a produção de frango de corte em 2015. Capela do Alto foi a cidade da RMS que teve a maior produção no período, sendo responsável pela criação de 4.575.018 em 2015 e 4.968.000 em 2014. Segundo a Prefeitura de Capela, a avicultura é responsável por cerca de 20% da economia do município, que é predominantemente agrícola. Na soma total, a criação de galináceos nos 15 municípios da RMS chegou a 8.146.132 cabeças em 2015. Os dados de 2016 ainda não foram divulgados pelo IBGE.

De acordo com o IBGE, além da avicultura, Capela do Alto também se destaca na suinocultura, porém com uma produção menor. No total, o município criou 24.800 cabeças em 2015 contra 32.657 em 2014, o que representou uma queda de 24,06%. Segundo o vice-prefeito de Capela, Henrique Daniel Lima, a principal causa para a queda na criação de aves e de porcos na cidade foi o custo de produção. “No caso da avicultura são em média cerca de 30 pequenos produtores que criam aves em sistema integrado, onde a produção é destinada para grandes empresas da região, como Itapetininga e Boituva.”

Já Porto Feliz, segunda maior cidade da RMS na criação de aves, a produção total de galináceos teve aumento de 3,77% entre 2014 e 2015. De acordo com os dados do IBGE, a criação de galináceos no município passou de 1.340.618 cabeças para 1.391.263. Além da avicultura, Porto Feliz ainda se destaca na pecuária com a criação de bovinos. No mesmo período, o município criou 23.590 cabeças em 2014 e 23.600 em 2015.

E Araçoiaba da Serra aparece em terceiro lugar no levantamento do IBGE sobre a criação total de galináceos no município. Foram 532.278 cabeças em 2014 contra 432.000 em 2015, o que representou uma queda de 18,84%. Já a produção de bovinos na cidade teve um pequeno aumento no mesmo período e passou de 10.567 para 10.899.

Os municípios da RMS considerados pelo levantamento do IBGE foram: Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Ibiúna, Iperó, Itu, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sarapuí e Sorocaba.

Avicultura vive altos e baixos na RMS

Das 15 cidades da RMS apontadas no levantamento sobre pecuária municipal do IBGE, oito tiveram aumento na criação de aves, seis tiveram queda e apenas uma manteve o mesmo total, entre 2014 e 2015. No período analisado, o destaque foi para Ibiúna, que aumentou o número de cabeças de aves em quase 3.000%, passando de 1.045 para 30.000.

Em segundo lugar, a avicultura também cresceu em São Miguel Arcanjo no mesmo período. Segundo os dados da pesquisa, a criação de galináceos na cidade passou de 85.730 em 2014 para 125.752, o que representa um aumento de 46,68%. E em terceiro aparece Sarapuí no aumento na criação de aves no mesmo período: 19,67%. De acordo com os dados, enquanto em 2014 o número de cabeças foi de 140.300 galináceos, o total passou para 167.900 no ano seguinte.

Já os municípios de Mairinque (19,16%), Pilar do Sul (12,88%), Salto de Pirapora (4,02%), Porto Feliz (3,77%) e São Roque (2,45%) tiveram aumentos menores na criação de aves de 2014 para 2015.

E os municípios que apresentaram queda na criação de aves no mesmo período foram Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Iperó, Itu, Salto e Sorocaba. A cidade de Piedade foi a única que manteve os mesmos números entre 2014 e 2015 (8 mil cabeças).

Para o presidente do Sindicato Rural de Sorocaba, Luiz Antonio Marcello, a cidade tem pouca representatividade na área da pecuária sobretudo porque a zona rural do município é de no máximo 14% atualmente. Segundo ele, a criação de bovinos, por exemplo exige grandes áreas, mas a produção de aves pode ser feita em espaços menores. “Além disso, outra questão é o valor das áreas rurais na cidade que são altos, o que desestimula ainda mais o investimento na pecuária local”, afirma.