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Esforços

Uruguai desenvolve plano estratégico de 5 anos para alinhar os esforços do setor de carnes

INAC apresentou o seu plano estratégico para os próximos 5 anos, que incluirá todas as carnes

Uruguai desenvolve plano estratégico de 5 anos para alinhar os esforços do setor de carnes

Em conferência de imprensa, o presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Fernando Mattos, fez referência ao contexto do mercado de carnes e enviou uma mensagem a todo o setor sobre o momento que temos que viver no Uruguai e no mundo devido à situação de pandemia.

O responsável pelo Instituto foi acompanhado por gestores da Área de Negócios; Pablo Caputi do Knowledge, Jorge Acosta do Information, Fernanda Cuervo do Mercado Interno e Lautaro Pérez do Marketing.

Durante a conferência, o INAC apresentou o seu plano estratégico para os próximos 5 anos, que incluirá todas as carnes. Em uma década, o Uruguai deve produzir 1 milhão de toneladas de todas as carnes, garantindo o abastecimento local e uma maior presença nos mercados internacionais. Na carne bovina, o objetivo é posicionar o Uruguai entre os 3 países que exportam seu produto com maior valor, a partir da melhoria do acesso e do desenvolvimento da marca.

O plano foi definido pela direção e será enriquecido em conjunto com o Ministério da Pecuária e agentes privados, para lhe dar mais projeção e solidez. Serão considerados todos os compromissos de sustentabilidade ambiental e social assumidos por nosso país em fóruns internacionais e estabelecidos nas diretrizes políticas de governo.

Elaborado em um determinado ano, desde o início da gestão no contexto de uma pandemia, leva fatores relevantes de longo prazo, que permitem lançar as bases para melhorar o posicionamento do setor de carnes uruguaio.

Apesar dos efeitos da pandemia, o INAC destaca que os setores da pecuária e da carne têm conseguido com trabalho conjunto, perseverança e cooperação manter todos os seus sistemas em funcionamento, sem escassez ou aumento de preços.

O primeiro fator a levar em conta para o futuro é que a demanda mundial cria uma oportunidade de colocação para todas as carnes, levando em consideração a existência de saldo deficitário.

O segundo fator é a integridade do produto, visto que os principais mercados demandam esse atributo além de uma produção gerada com cuidado com o meio ambiente.

Em terceiro lugar, destaca-se o crescimento que a carne pode contribuir para o PIB e o emprego no país.

Por último, destaca-se o investimento, uma vez que as cadeias de carnes são historicamente destinatárias dele, sejam nacionais ou estrangeiras.

Tomando essas abordagens a partir do contexto de longo prazo, foram estabelecidas quatro linhas que indicam o andamento dos trabalhos até o ano de 2025.

  • Defesa das virtudes ambientais dos sistemas de produção pecuária de base pastoral e dos benefícios para a saúde humana do consumo equilibrado de vários tipos de carne na alimentação.
  • Valor agregado pela melhoria do acesso internacional às carnes uruguaias, posicionando a marca país no mais alto nível nesses mercados e atuando também no mercado interno com essa marca.
  • Defender a integridade dos produtos e processos utilizados nas cadeias de carnes, supervisionados e monitorados com modernos sistemas de informação digital, que também possibilitam a máxima transparência comercial.
  • Visa solucionar, com outras instituições, problemas específicos de competitividade nas diferentes cadeias com a contribuição de estudos que promovam ações executivas.
     

O mercado interno de carnes no Uruguai é redesenhado a partir de 2021

O INAC tem como uma das suas funções contribuir para garantir o acesso da nossa população à carne e derivados em quantidade e qualidade suficientes. 

Nos últimos anos, e especialmente a partir desta Administração, o INAC decidiu apostar na formalização e promoção do mercado nacional sob um novo modelo. 

Nesse sentido, o processo de redesenho foi marcado por diferentes marcos, entre eles, a Lei de Transparência e Segurança Comercial, que confere novos poderes ao INAC e a Lei de Contraprestação que confere ao Instituto (a partir de 21 de janeiro de 2021) o concurso para viabilizar açougues em todo o país, após mais de 30 anos a cargo dos Governos Departamentais (exceto no caso de Montevidéu). O processo foi concretizado com a recente transformação da Gestão de Controladoria em Gestão do Mercado Interno, alterando a sua denominação, funções e estrutura.

Fernanda Cuervo, gerente de Mercado Interno, explica que esta nova abordagem visa atender o mercado interno de forma abrangente, com foco em infraestrutura, segurança de processos e adequação dos agentes por meio de equipes multidisciplinares, bem como o trabalho coordenado com outros órgãos estaduais (MGAP, Congresso Nacional dos Intendentes, dos Governos Departamentais e do Ministério do Interior). O foco é tornar os recursos humanos alocados ao mercado nacional mais eficazes e eficientes, contando com novos sistemas tecnológicos.

Entre as actividades que estão a ser realizadas estão a aprovação de um novo quadro regulamentar, a coordenação de um grupo de trabalho interinstitucional, o desenvolvimento e implementação de um sistema de registo digital de todas as operações com carne de abastecimento, um plano de promoção específico e a formação de agentes do mercado interno. 

Os próximos anos do mercado interno serão desafiadores e exigirão uma forte coordenação institucional, que beneficiará toda a cadeia, a população e o prestígio internacional das carnes uruguaias.

Acesso e marca de carnes uruguaias  

Esses são dois pilares fundamentais do plano de médio prazo, explicou o gerente de marketing Lautaro Pérez em uma entrevista coletiva.

Em relação ao Acesso, o INAC elaborou uma Agenda para os mercados internacionais, que foi lançada no espaço “Procarnes”. É uma agenda de cinco anos, que é coordenada com a Chancelaria, o Ministério da Pecuária e o Ministério da Economia.   

Por outro lado, estão sendo realizadas campanhas para ativar e posicionar a marca uruguaia de carnes nos principais destinos de interesse (China, Alemanha, Estados Unidos, Japão e Brasil), com concentração de ações na Ásia.  

Destaque para a abertura do escritório do INAC na Ásia, que começou a funcionar em novembro. É a primeira vez que o INAC abre um escritório internacional; em tempos de pandemia, isso se torna de vital importância, pois permite que recursos locais sejam usados ??para realizar as atividades.   

A estratégia de trabalho segue um planejamento no varejo e no consumidor e, posteriormente, de acordo com o canal (restaurantes, supermercados, e-commerce). O grande compromisso de longo prazo do INAC é posicionar a marca ao nível do consumidor, especialmente nos países onde o Uruguai tem melhor acesso.