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Vacina brasileira para Coccidiose aviária

Pesquisa inédita busca desenvolver uma vacina brasileira para o combate à coccidiose aviária.

Redação AI 04/06/2003 – São intensos os estudos para exterminar a coccidiose dos aviários e assim evitar os elevados prejuízos contabilizados pelos criadores de frango de corte, especialmente.

No Departamento de Parasitologia, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, está em fase de desenvolvimento a versão de uma vacina viva para o combate à coccidiose aviária. O trabalho é inédito no Brasil, uma vez que todas as vacinas usadas são importadas.

Segundo a pesquisadora Urara Kawazoe, os trabalhos estão voltados para o desenvolvimento de cepas de Eimeria, o parasita que provoca a doença, com o seu ciclo de vida abreviado.

A pesquisa visa cobrir três das sete espécies de protozoário existente e que mais atacam os frangos no País: a Eimeria acervulina, a Eimeria maxima e a Eimeria tenella.

O trabalho já está em sua fase final, com o desenvolvimento da cepa de E. tenella, uma das espécies que produz a hemorragia quando ataca as células intestinais do frango. “Esta etapa do trabalho deverá durar cerca de dois anos”, afirma a professora.

A partir daí, “é possível criar uma vacina do tipo atenuada, pela qual o frango chega a ser infectado, desenvolvendo o parasita, mas com danos comerciais mínimos, produzindo imunidade protetora nas aves. O abreviamento do ciclo do parasita pode chegar a 20% do tempo normal, com variações que dependem da espécie”. O protozoário de Eimeria com ciclo de desenvolvimento precoce poderá, com a conclusão da pesquisa, virar a primeira vacina viva com esta técnica desenvolvida no Brasil.

O resultado das pesquisas objetiva à pulverização de uma pequena quantidade da forma final do parasita no frango. O objetivo, neste caso, é fazer com que o sistema imunológico do animal produza anticorpos contra a Eimeria, permitindo uma imunidade parcialmente protetora contra novas infecções, dizem os pesquisadores. Neste caso, poderá haver problema se o manejo na vacinação não for feito de forma adequada. “Uma dosagem errada pode produzir a doença no frango ao invés de imunizá-lo”, explica a cientista Urara Kawazoe.