Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Vendas da Perdigão crescem 20% no primeiro trimestre

As exportações cresceram 45,5% em valores no período, enquanto as vendas internas apresentaram uma evolução de 11,2%.

Da Redação 15/05/2001 13:46 – A Perdigão fechou o primeiro trimestre de 2001 com vendas consolidadas no valor de R$ 558,1 milhões, o que representou aumento de 20% em relação ao exercício anterior. As exportações cresceram 45,5% em valores no período, enquanto as vendas internas apresentaram uma evolução de 11,2%. O lucro líquido foi 22,2% superior, atingindo R$ 8,9 milhões. Os resultados foram proporcionados pela recuperação de preços médios no mercado externo, após um período de queda de quase dois anos, e o aumento da demanda por aves e suínos fora do País, em função dos problemas sanitários enfrentados pela Europa.

Outros fatores conjunturais, como a variação cambial e as boas safras de milho e soja – principais matérias primas empregadas no setor, influenciaram os resultados. Também devem ser destacados como pontos positivos a consolidação do Frigorífico Batávia pela Perdigão em março, o início das operações do Complexo Agroindustrial de Rio Verde (GO) e a crescente participação de outros segmentos, como massas e pizzas.

“O cenário favorável para as atividades da companhia, que permeou todo o trimestre, impactou positivamente o desempenho da empresa”, destaca o vice-presidente financeiro da Perdigão, Wang Wei Chang. O resultado da atividade operacional adicionado de depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 79%. A receita líquida no período totalizou R$ 476,4 milhões, equivalendo a um aumento de 19,1%, se comparado aos primeiros três meses de 2000.

Mercado externo – As exportações cresceram 45,5%, somando R$ 168,8 milhões no primeiro trimestre. Em volume, as vendas de frigorificados de carnes aumentaram 11,4%. A recuperação de preços médios no trimestre foi importante para a obtenção de resultados nesse mercado, que vinha perdendo preços desde a desvalorização cambial ocorrida em 1999. Os surtos da vaca louca e da febre aftosa estimulam as vendas fora do País, facilitando o ajuste da super-oferta mundial de frangos ocorrido no ano passado.

O desempenho positivo no mercado externo deve-se ainda ao aumento da demanda pelos produtos de maior valor agregado, que chegou a 166,8%, e ao crescimento de 101% nas exportações de suínos, destinadas à Rússia, Hong Kong, Singapura, Mercosul e para consumo em navios europeus.

Mercado interno – O faturamento da empresa no mercado interno, no primeiro trimestre do ano, chegou a R$ 389,3 milhões, valor 11,2% superior ao verificado no mesmo período de 2000. Os frigorificados de carnes foram responsáveis por um volume 6% maior, devido à produção do Frigorífico Batávia e do Complexo Agroindustrial de Rio Verde. Os outros produtos processados registraram 47,7% de crescimento, graças aos investimentos realizados nas fábricas de pizzas e pão-de-queijo e do incremento das massas prontas congeladas.

No acumulado do ano, o market share de industrializados de carnes ficou em 23%, consolidando a liderança da empresa. Já no segmento de congelados de carnes, a participação da empresa chegou a 29,4% , enquanto em pratos prontos/massas atingiu 27,7%. Durante o trimestre, foram lançados 12 produtos no mercado com a marca Perdigão, destacando-se a Linha Light & Elegant, composta de produtos à base de carne de peru, com menor teor de gordura e sódio.

Investimentos – Durante o primeiro trimestre deste ano, a Perdigão investiu R$ 60,9 milhões, incluindo a compra de 49% do controle acionário do Frigorífico Batávia. Esse valor é 9,9% acima do que foi aplicado nos três primeiros meses de 2000. Do total, R$ 23,6 milhões foram direcionados ao Complexo Agroindustrial de Rio Verde, onde já teve início a produção de hambúrgueres e entrou em operação uma linha de carne de ave empanada. Também foram duplicadas as linhas de mortadelas e lingüiças curadas.

Em projetos de melhorias em outras unidades foram investidos R$ 13,5 milhões. Entre eles, destaca-se a aquisição de terreno de 40 mil m2, na região de Campinas, em que já foram iniciadas as obras daquele que será o maior centro de distribuição da companhia.