A norte-americana Cargill concordou em vender seus ativos na Venezuela a investidores locais e internacionais, juntando-se a uma longa lista de empresas estrangeiras que deixaram o país nos últimos anos devido à complexa crise econômica e política.
Após 34 anos de atuação na Venezuela, a empresa informou a venda de suas fábricas de farinha de trigo, massas, óleo, gordura vegetal, sal e ração animal.
Sem especificar o que motivou a saída do país, a Cargill disse em comunicado que os ativos serão adquiridos por um grupo de investidores representado pelo fundo Phoenix Global Investment e pelo Puig Group como operadora local. A empresa não especificou o valor da operação e nem quando será realizada.
“A venda visa garantir a continuidade das operações no país, o acesso a produtos e serviços de qualidade, contando com a continuidade da gestão e dos colaboradores”, acrescentou a carta enviada por email à Associated Press. .
Ele acrescentou que, enquanto a operação for concluída, as usinas continuarão operando.
A Cargill se junta a uma longa lista de empresas internacionais que deixaram a Venezuela nos últimos anos e que inclui AT&T, Kellogg Co., General Motors, Bridgestone, Kimberly-Clark, Clorox e General Mills.
A Venezuela vive uma grave recessão que já dura seis anos e uma hiperinflação de quatro dígitos que obrigou a migração de mais de 10% da população.