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RETROSPECTIVA 2020 - Os fatos mais importantes da avicultura e da suinocultura

Traçamos um panorama de alguns dos principais acontecimentos do setor de aves e suínos

RETROSPECTIVA 2020 - Os fatos mais importantes da avicultura e da suinocultura

A pandemia da covid-19 foi o principal acontecimento de 2020 e trouxe impactos para todos os setores da economia. A avicultura e a suinocultura brasileiras, porém, não tiveram um ano ruim. No caso da suinocultura, o ano foi de recorde. Nós falamos sobre isso na semana passada, quando a ABPA divulgou os números relativos à produção e exportação de carne de frango e carne suína. Mas a gente vai traçar agora um panorama das principais notícias de 2020. Ou sobre como o setor de aves e suínos venceu desafios para continuar crescendo.

O Brasil registrou diversas aberturas de mercados internacionais aos produtos avícolas. Um dos destaques foi o Egito, que em abril habilitou 27 frigoríficos de aves para exportação. E mais recentemente, o México autorizou a exportação brasileira de ovos comerciais.

Mas nem tudo foi fácil para o setor. A pandemia da Covid-19 resultou em fechamento temporário de frigoríficos. Empresas como JBS, BRF e Aurora tiveram exportações e até mesmo as atividades interrompidas por conta desse desafio sanitário.

Um dos casos mais emblemáticos foi o da Aurora, que teve as exportações suspensas para China, Hong Kong e Filipinas depois que autoridades chinesas afirmaram ter encontrado traços do coronavírus em embalagens de carne de frango. Os embargos logo foram retirados. Para enfrentar os problemas nos frigoríficos, o governo federal e o setor industrial adotaram uma série de medidas para manter a segurança dos trabalhadores e do produto.

O câmbio foi outro destaque em 2020. As cotações do dólar chegaram a bater na casa dos seis reais. A desvalorização da moeda brasileira ajudou a impulsionar as exportações de carne suína e carne de frango. Porém, contribuiu para mais embarques de milho e soja, insumos fundamentais para a produção de proteína animal.

O resultado? O poder de compra do avicultor atingiu o pior patamar em anos. O suinocultor foi menos afetado, devido a grande demanda por carne suína no mundo, o que resultou em melhora nos preços. Mas a avicultura não teve a mesma sorte: os preços da proteína em baixa e dos insumos em alta levou o setor a pensar em reduzir a produção.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, afirmou que poderia haver uma queda na produção de até 10%, o que reduziria a demanda por ração e ajustaria a oferta de carnes no mercado. Isso possibilitaria que a carne de frango fosse valorizada.

Na suinocultura, pelo contrário. Novas habilitações tanto da China quanto do Vietnã e Filipinas, afetados pela Peste Suína Africana, impulsionaram a exportação. O Brasil deve encerrar o ano com uma marca nunca antes alcançada de 1 milhão de toneladas de carne suína embarcada. A preocupação é que metade desse volume foi para a China, que, segundo as últimas notícias do ano, já está prestes a recompor seu rebanho.

Esses foram alguns dos destaques de 2020. Um ano que levou o mundo a conhecer um novo jeito de trabalhar e se comunicar. A informação, aliás, é a ferramenta mais importante para enfrentar os desafios sanitários. E nós estamos sempre aqui, fazendo a cobertura dos principais fatos, por meio de nossos portais, revistas, em nossas lives e webinares. Um conteúdo sempre relevante e que, na internet, agora está de cara nova. Dá uma conferida em nossos portais da avicultura e da suinocultura agora. Vamos começar o ano de cara nova, repaginada e ainda mais moderna. Como sempre fazemos.

Foi um prazer ter vocês conosco nesse ano inteiro. Para todos nós um excelente fim de ano e um 2021 melhor.